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Com a reconstrução de sede em Díli
Académica cumpre promessa
a Xanana
A Académica de Coimbra vai construir uma sede para a sua congénere de
Dili, cumprindo uma promessa efectuada a Xanana Gusmão durante a sua
visita a Portugal, revelou o presidente daquele clube português.
"É um investimento grande para a Académica, mas o que não há em
dinheiro sobra-nos em imaginação", afirmou Campos Coroa,
acrescentando que o líder timorense Xanana Gusmão "tem
consciência das limitações financeiras" do clube.
No início de Outubro, numa reunião onde estiveram presentes os
presidentes dos "três grandes" e da "Briosa",
Xanana Gusmão solicitou ajuda para a reconstrução da sede da
Académica de Dili, um pedido que imediatamente teve o acolhimento de
Campos Coroa.
Logo em Dezembro, um representante da Académica deslocou-se a Timor e
contactou Xanana Gusmão. Falou-lhe do projecto para a sede e o
presidente do CNRT ficou encarregue de disponibilizar um terreno.
"Estamos na fase de ultimação do projecto arquitectónico, que
inclui uma sede social, um pequeno pavilhão gimnodesportivo e
instalações que poderão servir para salas de aula", contou o
presidente dos "estudantes" à Lusa.
Segundo o dirigente, brevemente deverá deslocar-se a Dili uma comitiva
academista "para verificar, in loco, o espaço que o CNRT arranjou
para a sede", estando incluído no grupo o presidente-adjunto da
"Briosa", António Augusto, que jogou com Xanana Gusmão na
Académica de Dili quando cumpria serviço militar.
"Vendemos os tijolos"
Para ajudar a sua filial de Dili, a Académica de
Coimbra contactou vários empresários da construção civil e recebeu
apoio de alguns empresários de Coimbra, Algarve e Lisboa, que
disponibilizaram materiais para a obra.
No entanto, coloca-se o problema do envio, uma vez que "é mais
barato adquirir os materiais na Austrália do que transportá-los,
porque têm um grande peso e ocupam muitos metros cúbicos".
Mas o obstáculo é pequeno para a "imaginação" dos
responsáveis do clube de Coimbra: "As empresas não dão dinheiro,
só material. Por isso, vendemos os tijolos e mandamos o dinheiro",
realçou Campos Coroa.
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