Têxteis em dificuldades

Governo apoia região Centro

O secretário de Estado-Adjunto da Economia, Vítor Ramalho, mostrou-se empenhado em ultrapassar a crise que afecta o sector têxtil na Região Centro, que afecta mais de um milhar de trabalhadores.
Em relação a uma reunião marcada para terça-feira, em que vai ser analisado o futuro de duas empresas têxteis de Coimbra, em situação difícil, o governante afirmou ser sua intenção "fazer tudo o que é possível para ponderar a viabilização".
Vítor Ramalho - que falava aos jornalistas à margem de uma conferência sobre o III Quadro Comunitário de Apoio (QCA) - anunciou também a aquisição da Fiandeira Castanheirense (Castanheira de Pêra), paralisada desde Setembro, por uma "empresa sólida".
"A Fiandeira vai recomeçar em breve a sua actividade", sublinhou, acrescentando que estão a ser equacionadas soluções para outras duas empresas de Castanheira de Pêra, a Domingos Correia de Carvalho e a Fernandes Antunes. Por seu turno, a dirigente do Sindicato dos Têxteis do Centro Fátima Carvalho disse à Agência Lusa esperar que se "accione de imediato" a escritura da empresa e que sejam pagos os salários em atraso aos 136 trabalhadores da unidade fabril.

Sindicato não quer "quases"

"Em relação a Castanheira de Pêra, o que o Sindicato quer é que o "quase" seja definitivo, porque andamos há meses a ouvir o "quase"", sublinhou.
Por outro lado, no que diz respeito à reunião de terça-feira, Fátima Carvalho entende que ela também deve "produzir efeitos o mais rapidamente possível", definindo-se "soluções concretas" para as duas têxteis de Coimbra.
Comentando um apelo recente de Fátima Carvalho no sentido de o Governo prestar mais apoio às pequenas e médias empresas em vez de ter como "primeira prioridade os grandes grupos económicos", Vítor Ramalho disse que, em Coimbra, foi a intervenção do executivo central que levou à resolução da situação de duas empresas em dificuldades, a Mondorel e a Reflecta.
O secretário de Estado deslocou-se hoje a Coimbra para apresentar, no Instituto Superior Bissaya Barreto, o III QCA, cujas verbas - defendeu - devem ser aproveitadas de "forma cada vez mais eficaz, consequente e racional".

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