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A constante mutação do vírus dificulta a descoberta de uma cura definitiva

 

 

 


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Covilhã em alerta nas próximas semanas
Gripe iminente

O alarmismo provocado pelos casos de epidemia de gripe europeus e as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) levaram a população da Covilhã a vacinar-se. As vacinas antigripais estão esgotadas, cenário pouco provável em anos anteriores.
Alemanha, França, Inglaterra e Espanha estão sob ataque feroz deste surto epidémico. Em Portugal as urgências estão apinhadas de casos de infecções respiratórias.
No entanto, o aviso já foi feito pelos laboratórios e médicos , o pior ainda está para vir. A Covilhã fica em alerta nas próximas duas semanas.

Vacinas esgotadas

A partir de um inquérito feito nas farmácias locais indica que cerca de 3500 a 4000 habitantes se vacinaram entre Setembro de 1999 e Janeiro de 2000. A vacina antigripal mais vendida foi a Influvac, seguida pelas Estivac, Fluvirin, Fluarix e Inflexal. O preço das vacinas varia entre 1700 e 1800 escudos. Os estabelecimentos atenderam essencialmente idosos e cardíacos.
Os farmacêuticos reclamam a responsabilidade do Estado na prevenção da gripe. " O Estado devia distribuir mais vacinas pela população. Talvez tornando-a obrigatória e gratuita", afirma Júlia Duarte Patrício, directora técnica de uma farmácia da Covilhã.
Por outro lado, outros tipos de prevenção como as vacinas bebíveis, a vitamina C e outros medicamentos antibióticos e anti-inflamatórios registaram vendas iguais ou ligeiramente superiores a 1998. Alguns farmacêuticos afirmam mesmo: "a procura foi até inferior a 98, só as vacinas esgotaram porque houve uma procura tardia e anormal no mês de Janeiro". No entanto recomendam cautela. "A epidemia ainda não chegou" defende a farmacêutica Gabriela Morgado.

Hospital com mais um médico

No Centro de Saúde da Covilhã e no Hospital Cova da Beira (HCB) a afluência é até agora normal. Apesar de o Serviço de Estatística do Centro não ter registo sobre a doença, a população parece ter escapado ao surto epidémico sentido na Europa. "É difícil ter uma noção exacta do número dos doentes, porque não é uma doença de notificação obrigatória, logo não há registos", afirma o director do Centro, Jerónimo Leitão. O mesmo refere João Gomes, médico de obstetrícia do HCB: "As coisas aqui têm sido um pouco diluídas. Tivemos um aumento normal nesta época, mas sem picos de procura". Mesmo assim, continua, a equipa de Medicina Interna foi reforçada. "Neste momento temos dois médicos internistas, em vez de um, de forma a prevenirmos uma possível chegada de um surto gripal", justifica.
Situação semelhante ocorre no Centro de Saúde, onde o número de consultas é considerado normal, tendo em conta a altura do ano.

Um vírus em mutação

Ano após ano, a OMS isola e estuda o vírus da gripe para determinar as alterações à composição da vacina a distribuir à população. Algo de anormal na mutação deste vírus provocou já bastantes mortos na Europa. Este ano o vírus influenza, isolado em Sidney (Austrália), mostrou-se mais perigoso e até fatal do que o habitual. As preocupações relativamente à doença devem-se às suas características muito variáveis, ao alto grau de contágio e às complicações que podem em alguns casos colocar a vida dos doentes em risco. A vacinação é recomendada pela OMS e pela Associação Nacional de farmácias. Embora não totalmente eficaz, esta é a melhor forma de prevenção, pois não existe tratamento específico para a doença. Desenganem-se aqueles que não se preveniram, porque nesta altura, avisam os laboratórios, a vacinação é desaconselhada.
A possibilidade de chegar a Portugal um vírus vindo dos Estados Unidos da América nos próximos 15 dias mantém expectantes médicos e farmaceutas da região.

Raquel Fragata

 

 

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