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Pouco a pouco, Timor vai fazendo conquistas e recuperando o seu espaço no mundo


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Acesso internacional só depende dos receptores
Timorenses já podem telefonar 
para o exterior

Três semanas depois de lhe ter sido atribuído um prefixo internacional, Timor já pode telefonar para o exterior. Agora, é essencial que todos os países actualizem os seus registos telefónicos, reconhecendo o aparecimento de um novo país. O processo pode demorar, mas os primeiros passos estão dados. 

As centenas de timorenses que têm telefones instalados nas suas casas já podem a partir desta semana contactar com o exterior de Timor-Leste, apesar de o recebimento de chamadas do estrangeiro continuar atrasado. Utilizando o '01' para ligações ao estrangeiro, uma herança do sistema de telecomunicações deixadas pelos indonésios, os timorenses podem aceder a praticamente toda a rede mundial de telefones.
O acesso internacional surge três semanas depois da "International Telecommunications Union" ter atribuido o prefixo internacional de 6729 a Timor-Leste. Díli continua a funcionar com o antigo código usado durante a ocupação indonésia, o 390. O acesso do estrangeiro a Timor-Leste não depende contudo apenas das melhorias que a empresa australiana Telstra possa conseguir no sistema nacional do território. É que antes que os números timorenses possam ser utilizados, é necessário que todos os países actualizem os seus serviços, registando o aparecimento de um novo 'país', pelo menos a nível telefónico. A Austrália foi um dos primeiros países a fazê-lo.

"O processo pode demorar algum tempo"

Apesar de várias tentativas não foi possível estabelecer a ligação a partir de Portugal. Manoel de Oliveira, porta-voz da ONU, reconhece que esse processo poderá "demorar algum tempo", desconhecendo-se ainda qual será a data prevista para que os serviços normais de telefone estejam a funcionar em pleno no território. A recuperação dos serviços de telecomunicações em Timor-Leste continua ainda sem uma estratégia global definida, e as melhorias que já se sentem continuam a não servir a maioria da população. A empresa australiana Telstra é para já a única operadora no território, tendo começado o complexo e demorado processo de recuperação das redes fixas. Centenas de telefones por toda a cidade de Díli estão a funcionar, permitindo chamadas locais e internacionais que a Telstra não está para já a cobrar. Durante as últimas semanas a empresa tem-se multiplicado para conseguir instalar o maior número de telefones possíveis nas casas da população de Díli, contudo muitos dos que querem telefonar para o estrangeiro continuam a ter de pagar preços inflacionados a 'comerciantes' australianos que 'emprestam' os seus telefones. No final de Novembro a Telstra assinou com a administração da ONU um contrato de 90 dias com a empresa - com a possibilidade de ser renovado durante mais 90 dias - para permitir o acesso à rede de telefones móveis da Austrália. A Telstra conseguiu alargar a 'footprint' (área de cobertura) dos seus serviços, colocando Timor-Leste quase que como um 'estado', a nível de telemóveis. Uma decisão final sobre qual será o modelo ou a empresa responsável pela recuperação total do sistema depende agora de um processo de adjudicação que a ONU pretende conduzir brevemente.

 

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