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Portugal em 2º na lista negra da BSE
Embargo à carne portuguesa 
pode estar no fim

O embargo que a Comissão Europeia decretou à exportação de carne portuguesa, devido à BSE, pode ser finalmente cancelado. O veredicto espera-se para Maio mas, até lá, o sistema português de identificação bovina tem que passar no exame.

Portugal registou 170 novos casos de vacas loucas em 1999, um aumento de 60 por cento relativamente aos 106 do ano anterior, segundo dados definitivos da Comissão Europeia.
De acordo com um documento dos serviços comunitários, o número total de casos da encefalopatia espongiforme bovina (BSE), mais conhecida como doença das vacas loucas, detectados em Portugal desde 1990 atinge já os 367.
A incidência da doença em território português - 236,1 casos por cada milhão de bovinos - é a segunda maior da União Europeia, logo a seguir ao Reino Unido, o país mais afectado pela doença, que no entanto já se encontra em ritmo descendente. Entre os 38 829 casos de 1993 e os 2 093 de 1999 vai uma grande diferença.
Nos primeiro três anos em que a doença foi detectada (1990, 1991 e 1992), Portugal apenas registou um caso novo por ano, atribuído à importação de animais contaminados. Porém, a partir daí a tendência tem sido sempre para aumentar.

Sistema português de identificação bovina em exame

O documento indica que o verdadeiro salto se deu entre 1997 e 1998, com a passagem de 30 para 106 novos casos. O agravamento desta situação fez com que, em 98, o executivo comunitário decidisse embargar as exportações de animais vivos por tempo indeterminado, com possibilidade de revisão 18 meses depois.
No ano passado, a Comissão estendeu o embargo decretado um ano antes até 1 de Fevereiro de 2000, prazo alterado para Maio em consequência de uma decisão do Comité Veterinário. Até 18 de Maio, a Comissão Europeia compromete-se em reexaminar a situação da doença em Portugal, inspeccionando o sistema português de identificação bovina, que consta de uma base de dados onde são inscritos os animais que nunca tiveram contacto com farinhas contaminadas nem com qualquer outro foco de BSE.
Antes de propor ao Comité Veterinário o levantamento do embargo contra Portugal, a Comissão enviará ao país uma nova missão de veterinários para avaliar as medidas nacionais de proibição de farinhas animais, de rastreio dos bovinos e em matéria de abate dos descendentes e dos co-habitantes dos animais infectados pela BSE.
O levantamento do embargo, a ocorrer, só beneficiará as exportações dos animais que constem do registo português como livres de focos de origem da BSE, ou seja, os nascidos após 1995, ano em que começaram a ser feitas inspecções aos bovinos na sequência da crise.




 

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