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Trocar amizades

Para os coleccionadores, coleccionar ultrapassa o acto de juntar objectos. A amizade é necessária e é por ela que estes encontros fazem sentido.
Jorge Saraiva, oriundo de S. Martinho do Porto, 60 anos, afirma que "o acto de coleccionar é a amizade que troca com os outros".
Feliciano Júnior, proveniente de Rio Maior, 76 anos, diz que "a melhor colecção que tem são as amizades".
José Vasconcelos, de Salvaterra de Magos, 67 anos, colecciona há 20 anos "por paixão, por gosto e pelo convívio com as pessoas".
Carlos Alberto Sousa Marques, coleccionador da Covilhã, sublinha que "coleccionar não é só juntar, mas especificar e estudar".
José Manuel Renito, covilhanense, refere que "o convívio e a participação das pessoas a nível do pais é fundamental para que esta actividade não morra".


Convívio em alta na Covilhã
VII Encontro Nacional
de Coleccionadores

O VII Encontro Nacional de Coleccionadores que decorreu este Sábado, na Covilhã, juntou dezenas de aficcionados que quiseram participar na "feira de trocas. Tendo lugar no salão da antiga Fábrica Paulo Oliveira - Universidade da Beira Interior, este certame permitiu trocar objectos, mas também amizades. O coleccionismo brilhou, sem esquecer o convívio e a homenagem a Rogério de Melo, coleccionador falecido e lembrado com saudade

Contando com a presença de 45 coleccionadores de vários pontos do Pais, muitos eram os objectos em exposição no salão da antiga Fábrica Paulo Oliveira. Desde canetas, calendários, chávenas de café, selos, postais, porta-chaves e moedas, todos os participantes trouxeram um pouco do que tinham até a cidade.
Indo além dos próprios objectos, a amizade obteve a principal atenção. Segundo a maioria dos coleccionadores, "o convívio é fundamental e é por ele que nos deslocamos todos os anos".
A amizade fez-se sentir entre os presentes, mas também em relação aos ausentes. Assim, por volta do 12h30, os participantes deslocaram-se até ao cemitério da Covilhã, prestando homenagem a Rogério de Melo, coleccionador estimado que "soube sempre coleccionar e conviver ao mesmo tempo".
Depois da romagem, o almoço teve lugar nos Serviços Sociais da Câmara Municipal da Covilhã, pelas 13h30. O encontro prosseguiu a partir das 15 horas e, ao contrário do que estava previsto, acabou por volta das 17h20.
Isto deve-se, como afirma João Azevedo, presidente do Núcleo da Liga dos Combatentes (L.C), entidade organizadora, "ao facto da deslocação. A maioria dos participantes são deslocados, o que dificulta o prolongamento do encontro".

Renascer é necessário

Há três anos que este certame não se realizava. Entre outras razões, João Azevedo refere que "ao fim de seis anos consecutivos notou-se um certo cansaço nos coleccionadores, principalmente pela questão da deslocação até à cidade. Houve também dificuldades na organização interna".
Todavia, este ano a Liga dos Combatentes preparou um plano de actividades "em que tudo foi perspectivado, procurando reactivar toda a actividade que fora suspensa ao longo do tempo".
O balanço foi de encontro às expectativas: " Achei que foi positivo realizar o encontro e a feira de trocas na Covilhã. A adesão, apesar de não ser esperada, deixou-nos satisfeitos e com razões para apostarmos no próximo ano"- sublinha ainda João Azevedo.
Sendo a secção do Núcleo da Liga dos Combatentes a responsável pela organização, contou com os apoios da Câmara local, da Junta de Freguesia de São Martinho, da Junta de Freguesia da Conceição e da Escola preparatória Pero da Covilhã.
Iniciando-se pelas 10 horas, o encontro acabaria por não contar com a presença do presidente da Câmara local, Carlos Pinto, tal como estava previsto. No entanto, Carlos Pinto fez-se representar pela vereadora da Cultura, Maria do Rosário Rocha, que depois de algumas palavras, visitou atentamente todas as mesas.
No próximo sábado, 1 de Abril, será a vez do Pombal acolher os coleccionadores e promover mais um dia em festa.

Susana Freitas






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