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A necessária reforma da Universidade:
algumas considerações
por Alcino Pinto Couto

A recente posição do Presidente da República sobre a Lei de autonomia e organização das universidades, de 1988, introduziu na agenda política o problema da reforma das universidades e mais abrangentemente do Ensino Superior. Concomitantemente, a posição de alguns académicos sobre esta questão e outros aspectos tem contribuído para o acréscimo da sua importância. Importância esta que apenas parece ocupar destacado relevo nas páginas de jornais e a atenção dos interesses corporativos e do público, em geral, quando há greves, os estudantes mostram o rabo ao ministro, ou quando se discute a localização de uma nova universidade, como foi recentemente o caso da criação das duas novas faculdades de Medicina.


Regime de Tutorado
na Universidade da Beira Interior
por António Tomé

Quando um aluno do 1º ano nos procura queixando-se do professor A que dá as aulas por acetato, e portanto não vale a pena ir às aulas porque lê os acetatos em casa, ou queixando-se do professor B porque escreve no quadro de forma desordenada e ele não consegue construir um bom caderno, ou ainda queixando-se do professor C, que é uma monotonia porque escreve tudo certinho no quadro com letra muito pequena, não quer ouvir do tutor conselhos para ir às aulas, não quer ouvir lembrar que se durante a instrução primária tivesse podido desistir na primeira dificuldade, ou faltado à escola porque a professora da primária era maçadora, não teria aprendido a ler. Este aluno queria ouvir do tutor exactamente o contrário, que tinha razão, o docente em questão era maçador e ele ganhava mais em não ir às aulas.


Qualidade no Ensino Superior
Algumas reflexões
por Luís Lourenço

É óbvio as necessidades e expectativas de que falamos numa empresa são as dos seus clientes. Mas quem são os clientes da Universidade? (Aqui estou apenas a pensar na Universidade como instituição de ensino. A inclusão da vertente investigação trará mais complexidade à discussão, mas pode também ser feita). A ideia de que os clientes são exclusivamente os estudantes é algo simplista. Os estudantes são obviamente clientes, mas há claramente outros clientes. Será que os futuros empregadores dos actuais alunos não são nossos clientes? Será que a sociedade que nos paga (mal, mas paga!) não será nossa cliente? E que dizer dos pais, das famílias dos estudantes? Haja imaginação e com certeza encontrarão mais alguns clientes. E tudo isto sem sequer falar nos clientes internos cujas necessidades e expectativas também devem ser satisfeitas.


Os novos caciques
por Paulo Serra

De acordo com os Dicionários de Língua Portuguesa, cacique é o "indivíduo que tem influência política numa determinada região e que, na ocasião das eleições, arranja eleitores a favor de certo candidato.". Uma correcta definição do termo tem, no entanto, que ir mais longe - procurando eliminar pelo menos três confusões e um equívoco que são muito habituais.


Stress e humor
por José Geraldes

Os professores dizem ter uma vida "stressante". Os alunos repetem-no mil vezes. Os grandes executivos fecham os negócios nos almoços e jantares de "trabalho" para não perderem tempo. Na América, já se inventaram os "pequenos-almoços" para o dia estar mais livre para novos negócios e novos encontros. Sempre com "stress".
Os especialistas profetizaram que o aparecimento das novas tecnologias traria, enfim, o "tempo do ócio" e do prazer de saborear a vida. Afinal, a globalização e a competitividade, a ânsia de ganhar mais dinheiro e o possuir a melhor tecnologia de ponta introduziu no quotidiano do mundo o monstro do "stress".


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