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António Fidalgo




As ribeiras da Covilhã

Parece que finalmente as ribeiras da Covilhã, a da Goldra e a da Carpinteira, vão ser despoluídas. Caso para dizer que mais vale tarde do que nunca. Já há muito com efeito que a despoluição das ribeiras-mães da Covilhã era uma necessidade fundamental na requalificação urbana da cidade. Com a concentração dos principais pólos da UBI ao longo das duas ribeiras, a despoluição era uma urgência da cidade. A situação mais gritante era a do troço da Ribeira da Goldra junto à ponte do Rato, entre o edifício das Matemáticas e o da Química. Uma zona que poderia ser agradável, fadada a ser um espaço com um açude, maravilhosa, era, e ainda é, uma área em que o leito da ribeira é um vazadouro de lixo e de toda a espécie de resíduos.
Agora, com o programa Pólis, tudo vai ser diferente. A assinatura do contrato programa entre o ministro José Sócrates e o presidente da autarquia Carlos Pinto, eles os dois covilhanenses, representa um ponto de viragem extremamente significativo no futuro da cidade e na preservação da sua identidade. A Covilhã industrial nasceu das duas ribeiras, e a Covilhã actual e do futuro continua a precisar delas. Basta imaginar o que serão as zonas de jardim e o parque da cidade, que ainda falta, ao longo das ribeiras, com a água a correr durante todo o ano. Que outra cidade da Beira Interior poderá beneficiar de semelhantes recursos naturais? As ribeiras farão a diferença de carácter.
Com parques, zonas verdes, água corrente todo o ano, a Covilhã obterá uma qualidade de vida ímpar e única. Haja esperança que é desta vez que a Covilhã ganhará de novo as suas ribeiras.


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