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A produção de cereja está em risco de ser perdida na totalidade

 



Chuva arrasou agricultura na Cova da Beira
Culturas por água abaixo

Abril foi, de facto, águas mil. À seca seguiu-se o pesadelo do excesso de água, que tem vindo a destruir quase por completo as culturas de Primavera. A cereja é a cultura mais afectada da região da Gardunha. Os prejuízos são incalculáveis e as consequências desastrosas, sobretudo para os pequenos produtores, que já escreveram ao Governo pedindo que a Cova da Beira seja considerada zona de calamidade pública.

Depois de um Inverno inesperada e invulgarmente seco, a chuva veio e, durante mais de um mês, não deu tréguas, fazendo desta Primavera a mais chuvosa das últimas décadas. O tempo promete agora aquecer novamente, mas os estragos são irremediáveis.
O excesso de precipitação tem vindo a destruir a maior parte das culturas de sequeio, causando um prejuízo da ordem dos muitos milhares de contos. Pomares, culturas, caminhos, foram todos destruídos pelo temporal, que alagou e destruiu tudo à sua passagem.
Além dos prejuízos, a apreensão e o desânimo resultam também da falta de perspectivas para o ano agrícola, pois os solos estão completamente alagados, impedindo as máquinas de avançar e a época de sementeiras de prosseguir normalmente.

Zona de calamidade

Na Cova da Beira a situação é verdadeiramente calamitosa. A maioria da população vive do negócio da fruta, sobretudo da cereja, cuja produção tem vindo a ser profundamente comprometida pelas chuvas. Esta situação é ainda mais preocupante no caso dos pequenos produtores, muitos deles sem qualquer outra fonte de rendimento e a maioria sem seguro para prevenir estas eventualidades.
A freguesia de Alcongosta tem sido a mais seriamente lesada pelos efeitos desta pluviosidade excessiva. As cerejeiras da Gardunha estendem-se pelas freguesias de Castelo Novo, Donas, Alcaide e Souto da Casa. No entanto, é em Alcongosta que se concentram em maior escala, o que faz desta localidade também a mais prejudicada pelos danos causados pela chuva. Segundo a direcção da Cooperativa de Produtores de Cereja da Cova da Beira (CERCOBE), 80 por cento das 8 toneladas previstas ficará a apodrecer no campo.
Tendo em conta toda esta situação, os fruticultores solicitaram ao Governo que declare a Cova da Beira zona de calamidade. Em carta enviada ao primeiro-ministro, reclamam ajuda para minimizar a crise.






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