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Milhares de peixes mortos sem explicação no rio de Alenquer
Leito de morte

Aparentemente, a água está limpa. No entanto, o número de peixes mortos já atinge a casa dos milhares. O principal rio que atravessa Alenquer voltou a ser leito de morte para os peixes que o habitavam.

A vila de Alenquer despertou na quinta-feira com um espectáculo que, não sendo novo, voltou a horrorizar e indignar a população. Pelo rio boiavam milhares de peixes mortos, tal como aconteceu em Outubro último. As hipóteses são algumas mas não há causas concretas para explicar a mortandade.
A Câmara Municipal de Alenquer e a Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente (Alambi) do concelho foram imediatamente contactadas, mas as causas para explicar o incidente continuam a ser apenas hipotéticas, por falta de provas.
Em Outubro, inspectores da Direcção-Geral de Ambiente estiveram no local e concluíram que os peixes haviam morrido devido ao efeito das águas pluviais, que terão arrastado para o rio restos de pesticidas utilizados na agricultura. No entanto, a escassez de chuva nos últimos dias torna esta explicação pouco plausível para justificar esta última mortandade. Por outro lado, o peixe parece agora estar a morrer mais depressa.

Pesticidas não convencem

As hipóteses aventadas até ao momento relacionam a situação com as pecuárias e adegas vinícolas existentes nas redondezas de Alenquer, zona pobre em indústria. A catástrofe poderia ter sido motivada pelos produtos químicos utilizados nos campos ou pela eventual lavagem de cisternas de transporte de matérias tóxicas.
No entanto, Jorge Humberto, dirigente da Conselhia de Alenquer do PCP, declarou ao jornal "Público" não acreditar que, nesta altura do ano, "os pesticidas tenham alguma coisa a ver com isto. Subi o rio até Olhalvo e as águas parecem vir limpas. O peixe morto aparece sobretudo na área de Alenquer".

 

 
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