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Real Fábrica de Panos:
um projecto pombalino

O legado do Marquês de Pombal à cidade serrana, a Real Fábrica de Panos, onde actualmente funciona a Universidade da Beira Interior, foi mandado construir, por Provisão Régia, na segunda metade do século XVIII. Na Covilhã inicia-se o Projecto Pombalino de Industrialização dos Lanifícios, sendo a Real Fábrica de Panos a primeira fábrica de lanifícios de utilização pública, complementando as oficinas particulares existentes na vila. Com este Projecto, o Marquês de Pombal serve, com duplo propósito, o interesse nacional. Através do direito do donativo de quatro por cento sobre as importações de lanifícios, o Marquês de Pombal faz frente à concorrência inglesa na comercialização de tecidos e reconstrói a cidade de Lisboa, destruída pelo terramoto de 1755.
O edifício passou, em 1885, para as mãos da autarquia através da aquisição aos herdeiros de António Pessoa de Amorim. Mais tarde serviu para a instalação do Regimento da Infantaria 21 e do Batalhão de Caçadores 2. Depois de prestar outras funções, a antiga fábrica e terrenos anexos são cedidos, em 1973, ao Instituto Politécnico da Covilhã.


Covilhã e Oeiras geminadas
Irmãs pombalinas

POR RAQUEL FRAGATA

A Câmara Municipal da Covilhã e a homóloga oeirense assinaram um protocolo de geminação, em Oeiras, na quarta feira, dia 7 de Junho. Com este acto, integrado nas comemorações dos 241 anos de elevação de Oeiras a vila, a Covilhã passa a associar-se aos Municípios Pombalinos. Nesta data também Vila Real e Peso da Régua passam a integrar a geminação. O objectivo desta união é "aproximar as populações". A criação de laços entre as diversas cidades e vilas, quer a nível cultural e turístico, através da investigação histórica da época pombalina, quer social e desportivo, revertendo a experiência de uns no incremento do conhecimento de todos, serão os passos a dar brevemente. A próxima etapa é o alargamento desta iniciativa aos munícipes, "sem os quais não há dinamização municipal", defendeu o presidente da edilidade covilhanense. Carlos Pinto, durante o discurso de assinatura do protocolo, sublinhou a importância do relacionamento institucional exterior das autarquias.
As bases deste processo de geminação surgiram com a realização em Março, na Covilhã, do IV Grande Prémio do Ciclismo 'Rota do Marquês', iniciativa das Câmaras da Covilhã e Oeiras. Carlos Pinto garante o interesse da Covilhã na repetição do evento.
Até 30 de Novembro, os municípios associados apresentam um plano de actividades a desenvolver. A vereadora da Cultura, Rosário Pinto da Rocha, vai presidir à comissão de acompanhamento que operará este plano.
Na frente das preocupações estarão as iniciativas de carácter cultural. "A geminação entre Oeiras e estas outras cidades há-de seguramente proporcionar acções de relevo, nomeadamente no campo cultural, histórico e patrimonial", afirmou Carlos Pinto.
Opinião partilhada por Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, para quem "a assinatura destes protocolos não é uma mera formalidade", mas antes "um relacionamento aprofundado entre os diversos munícipes". "Entendemos que esse relacionamento é fundamental para que haja continuidade, para que se alargue ao cidadão, e às colectividades desportivas e culturais", afirmou Isaltino Morais.
Já no próximo dia 20 de Outubro, dia do município da Covilhã, irá decorrer uma cerimónia com a recepção de uma embaixada cultural de Oeiras que se apresentará aos covilhanenses. Acção que se irá repetir, mas ainda sem data marcada, com a edilidade da Marinha Grande.
Desta Associação, constituída em 1987, fazem parte várias cidades unidas pela influência do Marquês de Pombal. Vila Real, Peso da Régua, Marinha Grande, Pombal, Vila Real de Santo António e Covilhã associam-se à cidade onde viveu o Primeiro Ministro do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, conde de Oeiras, e mais tarde titulado Marquês de Pombal pelo Rei D. José I.






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