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um Livro          



 

 

 

Drácula
BRAM STOKER

 

por Catarina Moura

 


" 'Welcome to my house! Enter freely of your own will.' He made no motion of stepping to meet me, but stood like a statue, as though his gesture of welcome had fixed him into stone. The instant, however, that I had stepped over the threshold, he moved impulsively forward, and holding out his hand grasped mine with a strenght which made me wince, an effect which was not lessened by the fact that it seemed as cold as ice - more like the hand of a dead man than a living man. Again he said: - 'Welcome to my house. Come freely. Go safely; and leave some of the happiness you bring!' "

 

 

 

p.s. Esta edição anotada é excelente para quem gosta de saber todos os pormenorzinhos do que está a ler. Além disso, tem ainda a vantagem de vir muito bem ilustrada.

 

DA ETERNA luta entre o bem e o mal nasce "Drácula", de Bram Stoker, um livro sublime que fecundou o imaginário ocidental e vem sendo perpetuado há mais de um século (foi escrito em 1897) sob as mais diversas roupagens. Capaz de sugerir e inspirar as mais variadas imagens e sensações, ler este livro é, mais que uma aventura, uma autêntica "experiência literária".
A história é construída na primeira pessoa, através de um mosaico de muitos olhares que se completam e nos conduzem através de uma trama envolvente e extremamente bem construída. Ao lermos as páginas dos diversos diários, sentimo-nos parte de algo real, factual, documentado. Talvez seja esta forte sugestão a chave do sucesso deste livro, que injectou na cultura do Ocidente a poderosa imagem de uma criatura e de um mundo cuja força simbólica inspira, aliados ao terror, um secreto respeito e admiração.
O vampiro, a figura negra de pele lívida e lábios vermelhos, por onde espreitam uns dentes afiados e cortantes, é-nos tão ou mais familiar que os nossos personagens históricos. E todos os anos, são milhares os turistas que buscam, nos arredores de Budapeste, o tenebroso castelo de Drácula e todas as marcas possíveis que provem a existência do Princípe das Trevas. Para não falar das centenas de páginas escritas sobre ele, também em busca dessa prova. E assim se perpetua a história de um conde que dormia num caixão durante o dia e saía à noite. Uma criatura demoníaca que bebia sangue do pescoço das vítimas para conseguir a vida eterna. Um ser de força incomparável, a que apenas fragilizavam crucifixos, água benta e alho.
Quando a esta personagem se junta um advogado, a sua esposa, a amiga dela, o noivo desta, o paciente deste e um professor versado em ciências ocultas, obtemos uma história capaz, também ela, de viver eternamente.

 

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