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QUERCUS aponta causas

POR CATARINA MOURA

A QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza declara-se, em comunicado, "extremamente preocupada com a situação" que Portugal tem vivido nos últimos tempos, com centenas de incêndios a deflagrar diariamente por todo o País. O recorde foi atingido na última quarta-feira, com 882 incêndios, do qual se destaca o do Parque Natural Sintra-Cascais. As causas apontadas pela QUERCUS para a proliferação dos fogos passam pelo minifúndio (que não permite planear uma floresta mais resistente ao fogo), pelo abandono da agricultura tradicional, pela existência de grandes extensões monoculturais de eucalipto e pinheiro bravo (sem planeamento de rede viária, corta-fogos e pontos de água) e ainda pelo êxodo rural e consequente absentismo florestal, que implica o fim da ancestral limpeza das matas levada a cabo pelas populações.
A ausência de limpeza das florestas é, de facto, uma das causas mais apontadas para a vaga de incêndios que Portugal vive todos os anos, a par da piromania, da falta de vigilância, de queimadas mal geridas, dos acidentes com fogo de artifício e de descuidos da população, que muitas vezes não se apercebe das possíveis consequências de uma simples beata de cigarro lançada para a berma da estrada.

 

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