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Cartas ao Director        



Covilhã:


Gostaria de saber
o que é feito de ti,
se as mudanças já são muitas
se ainda te lembras de mim...
Conheci-te num dia de sol, depois de uma viagem
longínqua. Depois de deixar uma vida para trás em
função de um sonho...
Confesso que a primeira vez que te vi, não gostei
do teu aspecto. Porque não te conhecia. Porque
julguei a minha visão em função das aparências.
Porque a mágoa era muita e as saudades de casa
também. Por tudo isso, peço desculpa. Por ter
acreditado que nunca iria gostar de ti, por ter
dito, várias vezes, que detestava a tua
envolvência e por ter julgado que não seria capaz
de "viver contigo" ao longo de quatro anos.
Foram criticas lançadas ao vento, sem fundamento,
sem razão de ser. Foram pensamentos que se
justificam para quem não te conhece.
Pois bem, os quatro anos passaram depressa.
Quatro anos da minha vida em que me albergaste
com todo o teu carinho. Como só tu o sabes fazer.
Porque és linda, Covilhã. Porque és única entre
todas as cidades portuguesas. Porque dás o teu
calor aos que por aí passam, nem que seja numa
ida à Serra da Estrela.
Mas é preciso que te conheçam, Covilhã. É preciso
que os outros vivam a magia que só tu sabes
transmitir, é preciso que reconheçam o teu valor.
É preciso que te deixes conhecer. Para que
cresças e para que o facto de seres uma cidade do
interior não seja um ponto contra, mas sim ao teu
favor. É preciso que expandas o teu encanto e que
cantes, aos quatro ventos, a tua melodia.
Espero que o faças. Porque o teu valor e o
daqueles que te habitam merece ser reconhecido.
Porque além de gostar de ti, gosto da tua boa
gente...
Eis a razão de tanta saudade. É que desde Julho
que não te vejo e parece-me uma eternidade...
Espero que, estando em pleno inicio do ano
lectivo, possas dar aos outros tudo aquilo que me
deste... Como só tu sabes fazer! tu e a tua
gente! Felicidades para ti e para todos os que me
dizem muito, aí para os lados da BEIRA INTERIOR!

BEM HAJA!

Laurina Susana Freitas
Madeira

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