Barata Feyo critica RTP
Em defesa do Serviço Público
José Manuel Barata
Feyo, jornalista e director de informação da delegação
regional de Castelo Branco da RTP, defende que o Serviço
de Público de Televisão (SPT) tem na televisão
regional uma estratégia alternativa às televisões
comerciais. "As televisões nacionais só visitam
a província para mostrar a sua desgraça ao mundo",
mas existem caminhos diferentes para a programação
e informação. "O SPT regional resolve os problemas
locais, chamando directamente a atenção para eles,
e é a única com a capacidade para projectar o indivíduo
regional na TV", defende. Esta é a alternativa à
"televisão espelho que deforma o indivíduo,
mostrando apenas o básico e instintivo". A informação
regional em Portugal chegou "tarde, coxa e apenas com três
rodas". Trinta anos depois do que o resto da Europa, a RTP
avançou em 1997 com a informação regional.
TV regiões não
emite nos feriados
Barata Feyo lamenta as insuficiências
logísticas que não permitem uma eficiente cobertura
da zona norte da região da Beira Interior, bem como técnicas
e de recepção e emissão de sinal. Factores
que não permitem ainda que se faça boa informação
regional. Para o jornalista beirão vários critérios
da chefia da RTP comprometem o seu futuro. E questiona: "Está
a RTP à altura de cumprir o Serviço Público
de Televisão de proximidade?". Indignado com a recente
contratação de João Baião, o entertainer
da televisão de Pinto Balsemão, criticou o corte
orçamental nas despesas das emissoras regionais com as
edições do TV Regiões em dias de feriado.
A administração da RTP decidiu acabar com as emissões
aos feriados justificando a decisão com os custos de pessoal,
que representam uma verba de 30 mil contos por ano em horas extraordinárias.
"Esta é a mesma RTP que comprou, por 284 mil contos
por ano, os serviços do João Baião",
afirma Barata Feyo. E ironizou quanto aos critérios de
programação da estação do Estado:
"A RTP faz frente à mini-saia da concorrência
com uma saia pelo joelho".
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