"Ainda não me levam a sério"
- declara ao Urbi o candidato Vieira

Em entrevista ao Urbi et Orbi, Manuel João Vieira, candidato à Presidência da República, fez notar a importância de existirem candidatos fora dos partidos políticos. Admite, no entanto que, apesar de ainda não o terem levado a sério, ter um sonho que é Portugal.
Os seus projectos passam pela reabilitação da cultura portuguesa e pela recuperação da arquitectura urbana: "queria explodir com todos os prédios com mais de 10 andares e em vez de arranha-céus construir arranha-chãos".
O mais original candidato à presidência da República critica o governo rosa, "porque não se traduz em coisas concretas" e recomenda "a clonagem de Alberto João Jardim para os PALOPS".
O Big Brother não escapa às críticas do vocalista dos Ena Pá 2000, que o condena pelas "más condições mentais e sanitárias em que vivem aqueles homens e mulheres". O candidato defende ainda a despenalização das drogas, que deveria ser feita mediante receita médica e "vendida nas farmácias", mas critica o facto de se ter enraizado o álcool na cultura portuguesa e de este não estar no mesmo patamar das drogas.
Manuel João Vieira apela por fim às assinaturas necessárias à sua candidatura à Presidência da República, um processo que critica devido à enorme burocracia mas que na Covilhã pode ser facilitado através do Bar Lá em Cima, que procederá à recolha e tratamento dessas mesmas assinaturas nas respectivas Juntas de Freguesia.

Tunas e Ena Pá 2000
Candidato Vieira
encerra noite académica

POR PATRÍCIA CAETANO

O dia 8 de Novembro ficou marcado pela tradicional latada, que mais uma vez encheu de cor, alegria e caloiros as ruas da cidade da Covilhã. Mas para os resistentes o programa da Recepção ao Caloiro prolongou-se no pavilhão da ANIL, que principiou pela meia-noite com a actuação das Tunas Académicas.
Das convidadas, a Tuna de Coimbra foi a primeira a pisar o palco. Seguiu-se a Tuna de Castelo Branco da ESE, que mostrou um projecto recente composto por elementos masculinos e femininos. A Piatuna do Instituto Superior Piaget de Viseu foi a terceira a actuar, apresentando um rap e uma música com sons peruanos.
E "apenas para ver a melhor recepção do país" o presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), Jorge Jacinto anunciou a presença da Tuna da Universidade Lusófona, que com seis elementos acabou também por participar.
No entanto, foram as tunas da casa que fizeram subir a temperatura, aumentando a adesão do público. Primeiro as Moçoilas (a Tuna feminina da UBI), cujo repertório principiou com uma música dedicada aos caloiros da UBI, seguindo-se alguns temas já conhecidos entre os quais "Covilhã cidade neve", "As sardinhas" e "O traçadinho".
Finalmente, para encerrar o Festival das Tunas, Já B'UBI & Tokuskopus (a Tuna masculina da UBI) animou o público pela originalidade dos trajes e boa disposição. Elogiou-se o bom vinho, a serenata, veteranos, doutores, lacaios e os homenageados da semana: os caloiros.

Concerto versus Comício

O concerto dos Ena Pá 2000 primou desta vez não só pela habitual irreverência que se verifica nas letras das suas canções como pelo apelo à consciência do cidadão. Isto porque o líder da banda, Manuel João Vieira, candidato à Presidência da República, pretende "dar expressão à abstenção e cor ao voto em branco". Criou, para tal, uma barraquinha para a recolha de assinaturas, dado serem precisas 7000 para se estar em pé de igualdade perante os outros candidatos, no que diz respeito por exemplo ao direito de antena.
No concerto, que durou cerca de duas horas, pôde assistir-se a um espectáculo de muita cor, movimento e ouvir alguns dos clássicos dos Ena Pá 2000, como por exemplo: " És cruel", " Marilu", "Quero f. contigo". Músicas que fazem uso de um vocabulário simples mas forte e com uma mensagem directa que realça alguns dos problemas da sociedade.