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A banda de David Fonseca não desiludiu o público que lotou a ANIL




Apresentando o novo álbum
Silence 4 encerram tournée
na Covilhã

POR ANA MARIA FONSECA
 
Os Silence 4 surpreenderam mas não desiludiram no último dia da Recepção ao Caloiro 2000. A Covilhã foi presenteada com um concerto que satisfez quem assistiu.
A primeira banda a actuar foram os Casino. Constituída por quatro elementos, dois de Lisboa e dois do Porto, juntaram-se em Agosto deste ano. Sem muitos concertos na bagagem, o amadorismo não foi entrave para agradarem a quem se encontrava no pavilhão. No entanto, afirmam que é natural não conseguirem ainda captar a cem por cento a atenção do público. Jogam com uma sonoridade leve, pop, sem muitos artifícios ou efeitos, agradável ao ouvido, à espera da edição de um álbum em perspectiva para 2001. Ainda sem muitos concertos em agenda afirmam não se identificar com os Silence 4, mas respeitam-nos como banda. As referências que os inspiram são numerosas mas referem apenas dois nomes: Pixies e Pop del Arte. Esperar para ver até onde vão os Casino.
O concerto mais esperado da noite não tardou. Após o enterro do caloiro interpretado pelo Teatr'Ubi, os Silence 4 subiram ao palco perante o furor do público.

Cada vez menos silêncio

A última noite da recepção coincidiu com o último concerto da tour Silence 4 2000.O pavilhão da ANIL lotou. Não foi a primeira vez que vieram à Covilhã. Há dois anos actuaram também na recepção, num concerto considerado um dos melhores até então. Desde aí muita coisa mudou.
"Only Pain is Real", o novo álbum, possuí uma sonoridade mais madura, mas também mais triste e agressiva. "Eu escrevo sobre o ambiente em que vivo, pessoas que conheço, a minha pessoa, as minhas vivências", afirma David Fonseca, vocalista e porta voz da banda. "É tudo a partir daquilo que vejo e vivo". O tema que dá nome ao disco é "forte e um dos mais movimentados. O vídeo irá dar uma nova visão daquilo que poderá ser uma interpretação do tema", esclarece.
Uma novidade é o acréscimo de músicos. O silêncio cada vez é menor. Para o provar estão as presenças de Pedro no trombone, Daniel no baixo e trompete, Luís Martins e Paulo Pereira, nas guitarras acústicas e no teclado respectivamente. Estes últimos já participaram na tour 1999. "Todos acrescentaram uma nova força, fizeram toda a diferença. Se não se acrescentassem estes elementos não era o álbum presente, nem o que queríamos fazer", refere. Apesar disso, um dos momentos altos da actuação contou apenas com a voz de David Fonseca e o baixo de Rui Costa. As velas colocadas em palco pelo Teatr'Ubi criaram uma misticidade coincidente com a melancolia dos novos temas.
Uma presença em palco extremamente natural, um convite à participação da assistência. A forma como a banda se diverte no palco reflecte-se no público. E é assim porque "há um muito bom entendimento entre todos os elementos da banda, gostamos muito uns dos outros", insiste. Assim foi no concerto de Sábado onde tocaram mais de duas horas num estilo diferente do habitual. De salientar a naturalidade com que, após o concerto se juntaram às festividades dançando ao som da música da RFM até ao fim da noite.


 






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