II Divisão B- Golo duvidoso atrasa serranos
Duelo de candidatos
na arena da Feira

O Covilhã sai derrotado de Santa Maria da Feira. Um golo irregular atira os leões para a quinta posição. Em Alcains o Desportivo local continua a ser "rei e senhor". Os beirões "arrumam" o Marinhense e ascendem ao 11º posto

Por Alexandre S. Silva NC/Urbi et Orbi

Feirense e Sporting da Covilhã, dois crónicos candidatos à promoção à II Liga, proporcionaram, no domingo, 17, um excelente espectáculo de futebol. Ambas as formações travaram um verdadeiro duelo pelos três pontos e a vitória acabou, de forma algo injusta, por sorrir à turma da casa.
O Feirense foi a primeira equipa a criar perigo. Por duas vezes, em dois lances de bola parada, Celso foi a última barreira entre os avançados nortenhos e a baliza serrana. O primeiro golo, contudo, pertenceu à equipa visitante. Na sequência de um pontapé de canto apontado por Capelas os defesas saltam fora de tempo e João Carlos, que nem se elevou, aproveita para facturar o primeiro da partida. O central brasileiro ao serviço do Covilhã continua a ser o elemento mais produtivo do plantel e eleva para seis o número de golos na corrente temporada.
Em desvantagem no marcador, o Feirense cresce e começa a acercar-se da baliza de Celso cada vez com mais perigo. Aos 20 minutos é Piguita que substitui o guardião e salva, em cima da linha de baliza, um remate de Alcino com selo de golo. Segundos depois é o poste que devolve uma bola de Nuno II. Os covilhanenses não quiseram ficar atrás e, num só lance, desperdiçam duas oportunidades para dilatar a vantagem. Primeiro é João Carlos que atira para uma grande defesa de Nuno I e, na recarga, Adilson proporciona mais uma intervenção aparatosa do guarda-redes nortenho.
Na seguimento da jogada o Feirense chega ao empate. Um alívio da defesa cai nos pés de Alcino, no meio-campo covilhanense, que, com alguns ressaltos à mistura, consegue correr para a baliza e bater Celso pela primeira vez. Começa então a recuperação da turma caseira que, até final da primeira parte dominou completamente o encontro.

Golo da vitória precedido de falta

O golo da vitória surge ainda no primeiro tempo. Ruisinho centra para a área e Magano atira para o fundo da baliza. Um golo polémico e obtido de forma irregular, uma vez que, quer Piguita, quer Celso foram carregados dentro da pequena área. José Rodrigues, árbitro de Braga, assim não entendeu e validou aquele que seria o último golo da partida.
Na etapa complementar a qualidade do jogo diminui. A equipa da casa limita-se a gerir a vantagem e nem a entrada de Marco Cadete e a promoção de João Carlos e Piguita a pontas-de-lança, conseguiu importunar as redes à guarda de Nuno II. A arbitragem de José Rodrigues acaba por ficar marcada pelo lance do segundo golo do Feirense, e por uma mão excessivamente leve na amostragem de amarelos.
Na próxima jornada, dia 7 de Janeiro de 2001, os "leões da Serra", recebem no Santos Pinto a equipa sensação desta época. O Desportivo de Fátima viaja à Covilhã na condição de líder da tabela, mas o favoritismo terá que ser assumido pela turma de Henrique Nunes, se quer continuar a sonhar com a promoção.
Em Alcains, o Desportivo local bateu o Marinhense com dois golos sem resposta. A formação "canarinha" ainda não venceu fora, mas continua a mandar no Trigueiros de Aragão. Os três pontos de domingo último colocam os alcainenses na 11ª posição, a seis pontos da linha despromocinal, e abrem boas perspectivas para o jogo da próxima jornada. Uma deslocação ao terreno do "lanterna vermelha" da tabela, o Torres Novas.