Professores da Frei Heitor Pinto promovem debate
Alunos protestam, professores debatem

 Por Patrícia Caetano

Enquanto as associações de estudantes pedem a suspensão da reforma curricular, as preocupações dos professores recaem na sua aplicação. A polémica estende-se à Covilhã, e divide alunos e professores.

A nova reforma curricular gerou o descontentamento dos estudantes do ensino secundário. As preocupações dos alunos residem sobretudo na falta de diálogo com o Governo, que pretende fazer passar a reforma através de um diploma, sem discussão parlamentar.
O presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Francisco Portela, aluno do 11º ano, contesta a "diminuição do orçamento para a educação, assim como a falta de condições materiais e humanas, necessárias para que se possa proceder à adaptação da nova reforma curricular".
De facto, os pontos da polémica incidem nas aulas que passarão a ter a duração de 90 minutos, na introdução de novos cursos tecnológicos, no actual sistema de ingresso ao ensino superior e na transdisciplinaridade de matérias como a educação sexual.
Segundo Francisco Portela, "há professores que ainda não estão preparados para abordar temas como o planeamento familiar ou a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis".
Já a vice-presidente do Conselho Directivo da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Liliana Santos, concorda com a aplicação da reforma curricular e realça a falta de informação dos estudantes que "discordam das aulas de 90 minutos, quando actualmente há aulas de duas horas". Por outro lado, a professora refere que nos últimos anos, o papel de ensinar não passa apenas por leccionar as matérias dos programas lectivos, mas por uma abordagem e esclarecimento sobre a educação sexual, entre outros temas extracurriculares necessários para a formação de qualquer indivíduo.
Para já, está previsto um debate entre os professores da Escola Secundária Frei Heitor Pinto tendo em vista a discussão e a adopção da reforma curricular.

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