Concurso de instrumentos de arco "Júlio Cardona"
Terceira edição bate recorde de participantes

Quase 60 músicos, provenientes de todo o País, do Brasil e de vários pontos da Europa prestam provas na Covilhã. O Concurso "Júlio Cardona" começa a 6 de Abril e promete fazer jus ao prestígio angariado em anteriores edições.

 Por Sérgio Felizardo
NC/Urbi et Orbi

Viloncelo, violino e, pela primeira vez, contrabaixo são as modalidades a concurso

Marcada para o próximo mês de Abril (de 6 a 12), a terceira edição do Concurso de Instrumentos de Arco "Júlio Cardona" regista um número recorde de inscritos. São 59 concorrentes, com idades compreendidas entre os 11 e os 38 anos, repartidos por duas classes e três modalidades - violino, violoncelo e contrabaixo. Músicos provenientes de vários pontos do País, mas também do Brasil, da Eslovénia, República Checa, Rússia, Ucrânia, Coreia, Azerbaijão e Koweit, beneficiários do estatuto de dupla nacionalidade ou de residência em Portugal.
As provas do Concurso decorrem no Auditório das Sessões Solenes da Universidade da Beira Interior e são avaliadas por um júri presidido pelo maestro Ivo Cruz e composto pelos portugueses António Oliveira e Silva, Madalena Sá e Costa e Luís Sá Pessoa, pelas alemãs Christa Ruppert e Florian Pertzborn, pela polaca Zófia Woycicka e pelos norte-americanos Jed Barahal e Michael Wolf. Este ano, uma das grandes novidades do evento organizado pelo delegação da Covilhã da Juventude Musical Portuguesa, dirigida por Manuel Campos Costa,. é a inclusão do contrabaixo. Um instrumento que Campos Costa considera "esquecido e mesmo preterido neste género de concursos", mas que leva 10 concorrentes a prestar provas na sua execução.

Prestígio assegura apoios internacionais

Nesta terceira edição o destaque vai, também, para a participação de quatro covilhanenses. Dois em violoncelo (um na Classe A - sem limite de idade - e outro na B - até aos 18 anos), um em violino e outro em contrabaixo.
Com um orçamento próximo dos 20 mil contos e com os apoios já garantidos do Instituto Português da Juventude (oito mil contos), Câmara Municipal (cinco mil) e Ministério da Cultura, através do Instituto Português das Artes e Espectáculos (quatro mil), Campos Costa observa: "É a prova que o prestígio angariado nas edições anteriores é muito e bastante mobilizador". Um prestígio confirmado pelos patrocínios oferecidos por empresas estrangeiras e personalidades em nome individual. A firma alemã "Low Note - Aachen" oferece a impressão e encadernação das pautas obrigatórias de autores portugueses, enquanto de França surge o patrocínio de um prémio no valor de 100 contos por parte da empresa Christian Nogaro. De Inglaterra vêm duas surpresas: Stefan Krattenmaccher, alemão a residir em Londres, oferece o prémio atribuído pelo público a um dos finalistas da Classe A (50 contos) e a revista "Double Bassist" dá seis subscrições aos seis vencedores finais.
A encerrar o Concurso "Júlio Cardona", no dia 12, a partir das 15 horas, tem lugar a habitual "Tertúlia". Em realce estão os centenários dos nascimentos de Vergílio Pereira, antigo maestro do Orfeão covilhanense, e do compositor Ivo Cruz, bem como o centenário da morte de Verdi, autor da "Traviata" e "Aida". Participam na conversa os filhos dos homenageados, Vergílio Armando Pereira e o maestro Manuel Ivo Cruz. À noite, depois da distribuição dos prémios, a Orquestra Sinfónica da EPABI interpreta peças de Verdi, com a participação de três cantores de nomeada.

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