200 atletas em competição
Covilhã recebeu o Campeonato Regional de Karaté

 Por Marisa Miranda

Pela primeira vez a Covilhã recebeu no sábado, 3 de Março, o campeonato regional de karaté seniores Centro/Norte da Federação Portuguesa desta modalidade. Este campeonato organizado pela Associação Centro de Artes Marciais da Covilhã, disputou-se no pavilhão desportivo da Universidade da Beira Interior.

Foram poucas as pessoas que no passado sábado, se deslocaram ao polidesportivo da UBI para assistirem ao campeonato regional de Karaté. "O público ainda não é muito sensível a estas coisas", justificou o responsável da Associação Centro de Artes Marciais da Covilhã, Miguel Taborda.
O campeonato foi disputado por categorias de peso. Os quatro primeiros lugares de cada categoria dão acesso directo ao campeonato nacional e posteriormente ao europeu.
Nesta competição estiveram presentes cerca de 200 participantes vindos das principais cidades do norte e centro do País. Quanto à prestação dos atletas covilhanenses, o responsável pela Associação Centro de Artes Marciais da Covilhã ficou descontente. "A prestação dos nossos atletas não foi tão honrosa como devia de ser. Conseguimos apenas um terceiro, quarto e quinto lugares", lamentou Miguel Taborda.
Antónia Rosa dos Santos de 22 anos foi a vencedora da categoria de menos 53 Kg. Praticante de Karaté há 11 anos a atleta de Ovar, foi apurada para o nacional. "Este regional correu bem, mas sei que vou ter mais dificuldades a nível nacional porque vão estar outras competidoras muito boas por isso tenho que continuar a trabalhar", afirmou a karateca.
No final, Miguel Taborda mostrava-se satisfeito com o trabalho da organização. "Como é a primeira vez que organizamos um campeonato da Federação, o balanço é bastante positivo, uma vez que não tivemos grandes problemas", acrescentou.
O karateca Rui Jerónimo da escola desportiva de Celorico da Beira atribui nota máxima à organização. "Está tudo muito bom, o pavilhão é 'cinco estrelas' e a organização também", sublinhou o atleta.
A localização geográfica da cidade serrana foi apontada por Jorge Perestrelo, vice-presidente da Federação Nacional de Karaté, como a nota menos positiva desta competição. "A prova teve de começar com uma hora e meia de atraso porque os participantes tiveram muitas dificuldades em chegar à Covilhã", referiu o dirigente federativo.
Esta iniciativa representou um investimento de 600 contos. O financiamento da competição esteve a cargo da organização, que contou apenas com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã, uma vez que a Federação não consegue assumir na totalidade a realização deste tipo de provas. "Os apoios que o Estado concede são manifestamente reduzidos e insuficientes para a movimentação que existe nesta área", afirmou Jorge Perestrelo.
Segundo a Federação, o Karaté é uma modalidade em expansão. A prestação dos karatecas portugueses em provas internacionais tem vindo a melhorar. No último campeonato de juniores realizado no Chipre, os atletas portugueses conseguiram uma medalha de bronze.

Clique aqui para regressar à primeira página