Igreja Matriz do Teixoso
Instituto do Património analisa derrocada

A delegação de Castelo Branco não aponta razões para o desmoronamento da parede Sul. Dispostos a colaborar na solução do problema, afirmam que a responsabilidade pela situação presente é da Diocese da Guarda.

 NC/Urbi et Orbi

Igreja do século XVI no Teixoso sofreu desabamento de parte da parde exterior da chamada Porta do Sol.
O IPPAR está a estudar soluções

A Direcção Regional de Castelo Branco do Instituto Português do Património (DRCB - IPPAR) já analisou a derrocada da fachada Sul da Igreja Matriz do Teixoso (IMT), ocorrida no princípio do mês devido, presume-se, à grande quantidade de chuva dos últimos meses (ver edição anterior). Na terça-feira, 13, José Afonso, responsável máximo da DRCB - IPPAR, e os técnicos da Direcção Regional deslocaram-se à localidade covilhanense para ver o estado do edifício que data de 1593. No comunicado distribuído à imprensa, falam de "barrigas nas paredes e inclinação dos pilares" que, segundo informações recolhidas, "constam de um processo com mais de um século".
A leitura do referido comunicado não é conclusiva quanto às causas que estiveram na origem da ruína da chamada Porta do Sol. É dito que "o granito das paredes se encontra em estado grave de deterioração, desfazendo-se com facilidade" e que, "ao nível das fundações e do solo, devem ocorrer fenómenos que contribuem para acentuar o elevado grau de instabilidade do imóvel". Contudo, a nota assinada por José Afonso, refere que "de forma alguma, o peso da cobertura da Igreja pode justificar o abaulamento das paredes e inclinação dos pilares". Quanto à recuperação do edifício, que conta já 400 anos, a DRCB - IPPAR, lembra que ele se "encontra dentro da Área de Protecção da Capela do Santo Cristo", uma obra que está a ser objecto de grande apoio por parte do IPPAR a nível de orientações, acompanhamento técnico e custos do processo de recuperação. Por isso, "qualquer intervenção a efectuar na Igreja Matriz, terá de ser analisada pelo Instituto do Património".
O comunicado termina com a afirmação de que a "IMT é propriedade da diocese da Guarda, cabendo-lhe a inteira responsabilidade pela situação presente". "Contudo, à semelhança do que sucede noutros casos, considera-se fundamental uma colaboração estreita entre o IPPAR e a proprietária, na resolução dos problemas enunciados", conclui.

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