Semana de luta da AAUBI
Terça feira foi dia de inaugurações

A inauguração do "relógio tipo polis" e da casa de banho de "Manuele Subetile" marcaram a vida da UBI na terça feira, dia 20. Mobilizar os estudantes e atrair a atenção da comunicação social para a marcha pela educação era o objectivo da Associação Académica da UBI.

 Por Mariana Morais

O mote da campanha da AAUBI é
"Entra e Exige Educação"

A semana de luta começou com inaugurações. Terça feira, às 13 horas, a entrada principal do Pólo de Ciências Sociais e Humanas recebeu a visita dos actores do Teatr'UBI, no papel de ministro da Educação, Presidente da República, primeiro-ministro e bispo da Guarda. A comitiva desceu da "carrinha do desgoverno" para inaugurar o "relógio tipo polis" que se marca a contagem decrescente para a inauguração da cantina. Uma placa de madeira informava que o cronómetro do relógio está avariado.
Mais tarde, às 14h30, estudantes e comunicação social, acompanhados pela música das "Moçoilas", juntaram-se perto do bar do Pólo I. O "bispo da Guarda", acompanhado do "Presidente da República" e do "primeiro-ministro", benzeu o "WC de Manuele Subetile". Para surpresa geral, ouviram-se gritos vindos do interior da casa de banho. "Ai meu Deus! Ajudai-nos a ter melhores condições de ensino".
Atrair a atenção com ideias originais foi um dos propósitos destas acções. Nuno Franco, dirigente da AAUBI, defende que "tendo em conta a maneira como funciona a comunicação social, surgiu a ideia desta forma de reivindicação para dar destaque à luta dos estudantes".
Gabriela Gonçalves, aluna do curso de Física-Ensino, declarou-se surpreendida pois "como há um certo conformismo não esperava que a academia participasse tão activamente". Na sua opinião houve envolvimento entre a Associação Académica, o Teatr'UBI e os estudantes e o resultado só podia ser bom.

Recados ao ministro

Jorge Jacinto, presidente da AAUBI, afirma não poder acreditar "que o ministro da educação considere justa uma bolsa de nove meses para um ano lectivo de 11". Preocupado com a desorganização existente no Ensino Superior, o presidente da AAUBI declara que "é necessária uma estratégia que aposte em cursos de banda larga e acabe com a criação desordenada de licenciaturas como, por exemplo, a de Formação e Habilitação de Cavalos", refere este dirigente associativo em tom jocoso.
Segundo as declarações do presidente da AAUBI "faltam 40 milhões de contos nas universidades portuguesas. E o reitor da UBI também se queixa desta situação".
Uma das preocupações da AAUBI é chamar a atenção da opinião pública da cidade e da região para as razões da luta dos estudantes. "Queremos que os nossos pais, lá em casa, se identifiquem com a nossa luta e percebam que é o nosso futuro que está em causa", apelou Jorge Jacinto.

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