Depois de 14 anos na autarquia fundanense
Fortunato rejeita candidatura

José Maria Fortunato anunciou, em reunião da Comissão Política Concelhia que não vai ser o candidato do PS às autárquicas. Caminho aberto para Sampaio Lopes, que deve apresentar a sua candidaturanos próximos dias.

 NC/Urbi et Orbi

José Maria Fortunato está
fora da corrida às autárquicas

José Maria Fortunato, presidente da autarquia, não vai ser o candidato do Partido Socialista às próximas eleições. O anúncio foi feito pelo próprio, na reunião da Comissão Política Concelhia no sábado, 7. Autarca há vários anos, o actual chefe do executivo considera que chegou a hora de outros assumirem essa responsabilidade. No próximo encontro do órgão será decidido o candidato do Partido rosa que, ao que tudo indica, vai ser Sampaio Lopes, actual governador civil de Castelo Branco.
A reunião contou com a presença de Fernando Serrasqueiro, presidente da Federação Distrital, o único que, no final, comentou a decisão do edil. Segundo Serrasqueiro, José Fortunato "manifestou desejo que o PS se reforce e, para isso, quer que outros militantes participem no próximo processo autárquico". A posição do presidente da Câmara, "foi compreendida pela Concelhia que lhe reiterou a sua confiança para que conduza o seu mandato até ao final", afirma o líder distrital. Ainda segundo o responsável, "a Comissão Política reconheceu o serviço prestado em prol do desenvolvimento do concelho, sempre com elevado contributo". Os argumentos de Fortunato convenceram todos os participantes da reunião, como dá conta Serrasqueiro: "Para se ser presidente de Câmara é preciso estabilidade, convicção e motivação. Perante a determinação do autarca em não ser candidato, não quisemos contrariar a sua decisão".
Só depois da Páscoa é que Sampaio Lopes vai anunciar publicamente a sua candidatura ao lugar que ocupou antes de José Maria Fortunato. A decisão pode não ser unânime dentro da Concelhia, no entanto, o encontro de sábado reuniu grande parte dos elementos que compõem o órgão e, para Serrasqueiro, a "convergência foi grande". "Houve manifestações de unidade e os apoiantes de Fortunato afirmaram que, agora, o importante é apoiar o nome do PS", acrescenta. Este cenário, nas palavras do líder distrital, é uma prova de que nenhum socialista vai mudar de camisola: "Todos mostraram que detêm grande responsabilidade dentro do Partido, o que torna inviável enveredarem por esse caminho. O que está em causa é escolher o melhor candidato, um processo dinâmico que exige apreciação constante de todos os dados lançados".

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