Escritor fala da sua obra
Fernando Rodrigues na Biblioteca Municipal

 Por Helena Machado

A Biblioteca Municipal da Covilhã, em conjunto com a Escola Básica Pêro da Covilhã, organizaram um encontro com Fernando José Rodrigues. O escritor falou do seu livro "D. Sebastião", já publicado, dos que estão prontos para sair e dos que ainda pensa escrever.

Na passada quinta feira, dia 26 de Abril, a Biblioteca Municipal recebeu o escritor Fernando José Rodrigues para uma breve apresentação da sua única obra editada: "D.Sebastião chega sempre a horas- E se o 25 de Abril nunca tivesse existido?".
Fernando Rodrigues defende que se a Revolução do 25 de Abril de 1974 tivesse falhado, actualmente viver-se-ia em Portugal uma realidade diferente. È sobre esta imagem, de um Portugal sem liberdade, que o autor se debruça. "Nos tempos conturbados que vivemos, onde a memória se esvai, é preciso passar a palavra liberdade. É uma coisa adquirida, mas que precisa de ser lembrada. É importante passar para as gerações futuras a ideia de que houve gente que lutou e morreu pela liberdade", referiu Fernando Rodrigues para explicar a razão pela qual escreveu o livro.
Fernando Rodrigues falou também o seu novo livro, a editar brevemente: "Novas do Achamento do Inferno". Trata-se de uma história passada no século XVI , 30 anos depois de Pedro Álvares Cabral chegar ao Brasil. Com esta obra, o autor pretende apresentar um novo olhar sobre os Descobrimentos Portugueses. Nas suas obras dominam cenários reais, mas com histórias ficcionadas. O autor explica o que o leva a escolher factos históricos. "É um desafio trabalhar personagens e espaços desses tempos", refere Fernando Rodrigues. "Em contrapartida, é muito mais trabalhoso, ao exigir muita pesquisa. Trata-se apenas de criar uma efabulação à volta de uma imagem e construir uma realidade ficcional" conclui o escritor.
Fernando José Rodrigues é leitor e docente da disciplina de português, na Universidade de Estocolmo, na Suécia está agora a trabalhar numa peça de teatro intitulada "Fernando Pessoa não gosta de telemóveis".

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