Ligeiro aumento da ida às urnas deixa candidatos satisfeitos
Eleição renhida para a AGA
Lista D ganha por dois votos

Mil e trinta e sete estudantes da UBI votaram este ano na eleição para os órgãos sociais da Associação Académica. As cinco urnas espalhadas pelos vários pólos da UBI tiveram uma adesão maior que o habitual, justificada pelas duas listas concorrentes à Mesa da AGA. A votação foi renhida e a lista D acabou por ganhar, por uma diferença de apenas dois votos.

Por Ana Maria Fonseca

Há cinco anos que as eleições para a AAUBI contavam com uma única lista candidata. Durante os anos anteriores, a falta de concorrência revelava-se pouco aliciante para os estudantes da UBI, traduzindo-se num número reduzido de votos. Normalmente, nas eleições com uma lista única candidata, os votos costumam rondar os oitocentos.
Este ano verificou-se uma maior participação, proporcionada pelas duas listas concorrentes à mesa da Assembleia Geral de Alunos (AGA). A eleição foi disputada até ao fim, resultando numa vitória por apenas dois votos de vantagem da lista D.
"Por dois votos se ganha, por dois se perde. A partir de agora não podemos pensar mais nisso". Foi esta a reacção do candidato pela Lista I à presidência da mesa da AGA, Marco Gabriel, que acredita que ninguém ficou a perder. "A candidatura valeu muito a pena. Ao participarmos com uma lista para a mesa da AGA, tínhamos muitos objectivos e alguns deles foram cumpridos. A eleição foi apenas um dos que não foi cumprido. Mas também não era o mais importante", afirma Marco Gabriel. "A ideia é continuar a trabalhar, cada um apresentar as suas propostas e tentar, em conjunto, resolver os problemas da academia", conclui o candidato derrotado.
Jorge Jacinto, candidato pela lista D e vencedor para a mesa da AGA, está de acordo. "Queremos trabalhar em conjunto com a Lista I. Não podemos partir para a desunião ou para o conflito. O fim é uma maior e melhor academia".
Os dois candidatos são unânimes relativamente ao que é importante retirar da campanha: o mérito é principalmente da Academia que este ano aumentou a sua participação nas votações. O facto de haver duas listas proporcionou uma eleição mais consciente apontam os candidatos.
Marco Gabriel afirma-se pronto a desenvolver o trabalho que propôs na sua candidatura. "Vamos, de uma forma informal, criticar e elogiar a actual associação". E estabelece outra meta: "se as propostas que apresentámos forem concretizadas para o ano isso é, desde já, uma vitória".
Jorge Jacinto concorda e sublinha, "A partir deste momento desaparecem as siglas e ficam as ideias e mais pessoas para trabalhar". "Espero que este ano seja um mês de Março", um ano de reivindicações, conclui o presidente da AAUBI cessante.