Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis
Engenharia Têxtil

Docentes estudam modo de minimizar poluição

Na UBI os docentes de Engenharia Têxtil têm vindo a desenvolver, em conjunto com o Departamento de Química da UBI e o Instituto Superior Técnico, uma forma de controlar a poluição causada pelos despojos das indústrias de tinturaria e acabamentos.

Por Gisela Coelho


Estruturas de apoio

O Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis dispõe de docentes com larga experiência científica e técnicos qualificados, bem como de oficinas de fiação de fibras curtas e fibras longas, tecelagem, malhas e confecção, laboratórios/oficinas de tinturaria, acabamentos e estampagem, laboratórios de química têxtil, colorimetria, CAD de tecidos e CAD confecção e laboratórios condicionados de ensaios físicos de fibras e fios e de tecidos, com equipamento moderno e diversificado.
Os alunos têm ainda ao seu dispor um Centro de Informática (com acesso à Internet - telnet, correio electrónico e www).

Estrutura curricular

Duração normal do curso: 5 anos lectivos

- Área científica do curso:

- Engenharia Têxtil - Ramo Produção/Ramo Confecção


- Nº. total de unidades de crédito necessárias à concessão do grau: 174

- Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito:

- Áreas científicas obrigatórias:

a) Matemática - 28
b) Física - 10,5
c) Química - 17,5
d) Electromecânica - 24,5
e) Economia e Gestão - 9,5 / 10
f) Têxtil e Vestuário - 77,5 / 77

- Áreas científicas optativas:

a) Electromecânica - 3,5
b) Química - 3,5

- Projecto:

Créditos: 3

O Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis é responsável por duas licenciaturas: Engenharia Têxtil , Ramo Produção e Ramo Confecção, estas licenciaturas começaram no ano lectivo de 1979/80, contando já com vinte e um anos de existência.
Embora, o mercado têxtil tenha carências a nível de profissionais especializados nestas áreas, a procura destes cursos tem vindo a diminuir significativamente ao longo dos últimos quatro anos. Este problema afecta não só a universidade, como também o mercado têxtil nacional. Algumas das explicações apontadas pelo director de curso, professor Francisco Gomes Ferreira Franco são por um lado devido à aversão que os alunos têm as disciplinas de Física e Matemática, e por outro ao surgimento de novas tecnologias como a Bioquímica que constituem novos atractivos para os alunos que tencionam ingressar no ensino superior. No entanto, a UBI continua a trabalhar no sentido de inverter a situação, e para isso tem desenvolvido inúmeros projectos que visam o melhoramento da qualidade de tecidos , fibras e malhas, bem como o processo de tingimento das mesmas. Para desenvolver estes projectos, o Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis tem ao seu dispor inúmeros laboratórios e oficinas, os Laboratórios de Física Têxtil e Química Têxtil que servem de apoio as aulas práticas. Existem também Laboratórios de Colorimetria que se dedicam ao estudo da cor, Laboratórios de Tinturaria, Estampagem e Acabamentos de tecidos, Laboratórios de apoio à Tecelagem e Fiação que fazem o controle da regularidade e de caracterização de fios para controle da evolução do processo de fiação e tecelagem, controle da resistência de fios e outras características físicas.
A UBI desenvolveu um projecto que consistiu na caracterização de micro-fibras, do ponto de vista do tingimento, que visa quantificar as diferentes propriedades entre as fibras clássicas e micro-fibras, pretendendo criar ou procurar processos tinturiais para efectuar o tingimento conjunto das mesmas. Outro projecto desenvolvido foi o projecto INTAS que contou com a colaboração de um centro de investigação de Barcelona e com dois laboratórios russos. Este projecto consistiu na pesquisa da substituição de produtos de síntese, produtos químicos que são utilizados como auxiliares de tingimento que visam a uniformidade do tingimento. Assim sendo usaram-se produtos naturais, os chamados lipossomas, produtos biologicamente biodegradáveis que iriam substituir os produtos sintéticos. Actualmente o Departamento de Ciência e Tecnologias Têxteis desenvolve conjuntamente com o Departamento de Química e com o Instituto Superior Técnico um projecto que visa o tratamento de afluentes da indústria têxtil provenientes das tinturarias e acabamentos, visto estes serem as secções da indústria têxtil que mais produzem afluentes que vão para as ribeiras. Este projecto pretende encontrar soluções que tratem de forma económica os efluentes e impedir que estes poluam as ribeiras.
O sector têxtil é uma indústria antiga e tradicional, mas para fazer frente às exigências do mercado nacional e internacional é preciso formar profissionais especializados que estejam à altura do próprio mercado. São precisos alunos que estejam dispostos a trabalhar, investigar e pesquisar. Mas também docentes que estimulem os alunos, que os incentivem e que os apoiem.
A UBI possui instalações dotadas de material capaz de satisfazer as necessidades exigidas para o desenvolvimento da indústria têxtil, e para a formação de licenciados neste sector