João Martins levanta suspeitas de financiamentos ilegais na Ecoteca da Covilhã
João Martins surpreso
"A Ecoteca não existe"

João Martins responde a Maria do Rosário Rocha afirmando que "não há director porque efectivamente ainda não há Ecoteca", alegando incumprimento do contrato celebrado com o IPAMB.

Por Raquel Fragata

João Martins, vereador da Câmara Municipal da Covilhã pelo Partido Socialista, convocou uma conferência de imprensa para, ao que entende, repor a verdade sobre o processo da Ecoteca da Covilhã. Tudo aconteceu depois de declarações da vereadora municipal com o Pelouro da Cultura, Maria do Rosário Pinto Rocha, em encontro com os jornalistas ter aludido à não existência de um director naquela instituição. Às afirmações da vereadora, João Martins responde com esclarecimentos àquilo que julga serem "equívocos" de Maria do Rosário. João Martins defende que "a Ecoteca não pode ter director" - cargo que o socialista assumiria enquanto professor destacado pelo Instituto de Promoção Ambiental (IPAMB), entidade que preside à Rede Nacional de Ecotecas - pois nem tão pouco ela existe. Tudo por alegadamente se verificar "falta de cumprimento do contrato celebrado em 97 com a autarquia covilhanense com vista à recuperação da Antiga Casa dos Magistrados".
Martins apoia as suas informações em documentação, ofícios trocados entre o IPAMB e a Câmara da Covilhã, e levanta ainda dúvidas sobre a legalidade dos financiamentos da estrutura. Segundo o vereador da oposição terá havido "um duplo financiamento com verbas comunitárias" o que entende constituir uma ilegalidade.
Aquele espaço alberga actualmente alguns serviços camarários, facto que, segundo o destacado do IPAMB, vai contra os propósitos para os quais foi celebrado o contrato. "O que existe hoje é um edifício que foi recuperado com verbas da comunidade com um certo fim e que não cumpre essas funções." E lamenta ser esta a única Ecoteca do País, de entre as quatro já construídas em Porto de Mós, Macedo de Cavaleiros e Olhão, que não se encontra ainda em funcionamento, não servindo deste modo as populações.