Por Raquel Fragata


Manuel Santos Silva e os representantes da Turistrela, Paulo Ramos e Artur Costa Pais firmaram o acordo

A UBI e a Turistrela - Turismo da Serra da Estrela, SA celebraram no dia 17, terça feira, um protocolo com vista à colaboração entre as duas entidades na criação e desenvolvimento de um conjunto integrado de projectos de desenvolvimento do turismo e do desporto na Serra da Estrela. O documento prevê a construção de um Centro de Treino de Desportistas de Média Altitude. Uma infra-estrutura orçada em 80 mil contos e que para além da oferta turística pretende ser mais um laboratório para a licenciatura em Ciências do Desporto.
Fernando Almada, presidente do Departamento de Ciências do Desporto, afirma que vai agora ter lugar o diálogo e a definição dos parâmetros em que o protocolo vai ser aplicado. "É um projecto da região, da Serra da Estrela e nacional que tem que se desenvolver (...) para que possa ser inovador mesmo a nível mundial", afirmou o docente. "A Turistrela não tem a credibilidade científica para fazer um centro deste tipo", explica o administrador da Turistrela, Artur Costa Pais. Para tal, a UBI, e em específico o Departamento de Desporto, são responsáveis pela "concepção, planeamento, projecto e instalação" e actividades posteriores do centro. O papel da UBI pode alargar-se ao "apoio técnico e direcção científica dos laboratórios e outras instalações técnicas com que este Centro de Treino venha a ser equipado".
Manuel Santos Silva, reitor da UBI, defende que "ambas as partes devem agora trabalhar a melhor forma de aproveitar o que cada uma tem". "Oferecer estes meios aos estudantes motiva-os a aprender de forma tutelada", reforçou o responsável, "esta é a postura que temos". "Este protocolo insere-se na filosofia da UBI na ligação ao exterior e a projectos da região", garante o reitor. Artur Costa Pais adianta que a concretização deste projecto inovador com a UBI se integra num plano global que pretende criar estruturas capazes de fixar o turismo, e defende ainda que esta aposta "é uma das alternativas para a região".
O Protocolo, com duração de três anos renovável por iguais e sucessíveis períodos, prevê que cada entidade nomeie um representante encarregue pela coordenação das acções a desenvolver.