Por Ana Maria Fonseca


O Governo garantiu o pagamento de salários a funcionários das insrtituições públicas de ensino superior, assegurando o funcionamento normal das instituições

O encontro da passada semana entre o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e os secretários de Estado do Orçamento e do Ensino Superior resultou numa garantia do Governo: os salários dos professores universitários estão assegurados.
"Não há qualquer motivo para dúvidas relativamente à garantia do normal funcionamento das instituições", garantiu o secretário de Estado do Orçamento, Rui Coimbra, em declarações à TSF.
O Executivo prometeu ainda um crescimento no investimento no ensino superior, previsto na próxima proposta orçamental.
Ficou também acordado o estudo de um conjunto de medidas que possam facultar uma maior autonomia na gestão dos orçamentos para o Ensino Superior.
Para Adriano Pimpão, presidente do CRUP, esta reunião com o Governo foi produtiva "mas não temos o trabalho acabado porque é preciso concretizar os valores que vão viabilizar o compromisso assumido". O montante exacto com que as instituições de ensino superior poderão contar, só deverá ser definido a 4 de Setembro, em mais uma reunião operacional.
Apesar de considerar positiva a decisão do Governo, o presidente do CRUP apelou à prudência das Universidades nesta matéria, o que, esclareceu, "não é uma desconfiança em relação as intenções do executivo". Esta prudência è justificada pela opinião de que "não estão ainda correctamente avaliados os números em causa", referiu.
Para Adriano Pimpão, a promessa de um reforço para a Educação no orçamento de 2002, não é suficiente apesar de ser "sempre de saudar que não se corte no investimento já que este se traduz na melhoria do equipamento e na melhoria da qualidade de ensino".
O corte anunciado pelo Ministério da Educação levou o CRUP a lançar um apelo ao primeiro-ministro para que a medida fosse revista. Em causa estava uma verba correspondente a cinco por cento do montante destinado ao ensino superior, o que poderia pôr em causa os salários de Dezembro e o subsídio de Natal dos docentes.