Carlos Pinto discursou perante centenas de pessoas sobre os projectos que tem para a Covilhã nos próximos quatro anos, caso seja reeleito
Confirmação no Jardim Público
Pinto candidato na Covilhã

Centenas de pessoas assistiram, no passado Sábado, à apresentação da recandidatura de Carlos Pinto à autarquia covilhanense nas eleições de 16 de Dezembro próximo.
O candidato falou do trabalho feito durante este mandato e apontou metas futuras, sublinhando que a sua candidatura não é "por um partido", mas pelo concelho da Covilhã.


Por Ana Maria Fonseca


Num discurso pautado pela referência à obra realizada, o edil prometeu que "o progresso e o desenvolvimento vão continuar a passar por aqui, e a Covilhã vai continuar em frente". "Não fui nem serei nas funções de presidente da Câmara do partido A ou B. Nunca deixei nem me deixarei envolver em guerras de direita ou de esquerda, apenas aceitarei o único desígnio político nestas funções: servir a Covilhã e o Concelho, lutar pelos seus interesses, afirmar os nossos valores e respeitar os que aqui vivem", sublinhou Carlos Pinto.
Além da continuação das obras já em curso, o edil falou nos projectos para o futuro desenvolvimento da cidade. Preocupam-no as grandes infra-estruturas, mas também "as nossas ruas e as nossas praças, o abastecimento de água e a habitação social, o emprego e as empresas, as escolas e os jardins de infância, a Universidade e o novo desafio de expansão para a área da saúde, as novas estradas e a recuperação da zona histórica".
As suas prioridades prendem-se, no entanto, com "aqueles que põem desafios à nossa consciência social". Os mais idosos, as crianças e os deficientes serão "o centro das atenções" caso seja reeleito, garante Pinto. Outra das suas promessas é a extensão dos benefícios do Cartão do Idoso aos reformados e aos deficientes e, ainda, a introdução de uma rede de transportes gratuitos das crianças para as escolas.
Pinto diz ainda ter "falta de tempo" para polémicas relacionadas com a campanha. "A minha única disponibilidade é para tratar dos problemas da Covilhã". "Sou candidato por mérito próprio, e tenho uma ideia para a Covilhã - projectos que sei que posso levar a cabo", acrescenta.
Durante o discurso o edil lembrou "a pressão exercida sobre o Governo" na questão da auto-estrada da Beira Interior, sublinhando a urgência de uma auto-estrada que ligue a Covilhã a Coimbra. Sobre esta matéria Carlos Pinto promete continuar a envidar esforços para que o assunto não seja esquecido.
Ao Governo dirigiu duras críticas sobre os critérios de aplicação dos fundos comunitários, dizendo que "todos os dias chegam quatro milhões de contos a Portugal vindos da Europa, e só são aplicados em determinadas áreas". Assim, não se conforma com "a discriminação da Covilhã em termos políticos e administrativos, e com a escassez de serviços na Covilhã, serviços esses que existem em excesso em Coimbra e Castelo Branco".
Do mesmo modo se refere ao número de habitantes recenseados no concelho, 50 mil, mais do que , segundo o publicado em Diário da República, Castelo Branco, cujos números apontam para 48 mil habitantes recenseados. Por este motivo, Carlos Pinto exige mais financiamento. "A Covilhã merece compensações pelo financiamento que não está a chegar", defende.
A marcar a recandidatura de Carlos Pinto está também o distanciamento visível relativamente ao seu partido, o PSD. "Não conto com o partido a nível distrital e a minha candidatura não é pelo partido, nem quero falar sobre ele nestas eleições, porque esta eleição é pelo concelho da Covilhã, disse.