Contra o actual estado da Educação
Associações de estudantes prometem intervir

Por Ana Maria Fonseca

 

Associações de estudantes de várias escolas e universidades do País prometem não ceder perante o actual estado da educação que consideram de "ruptura terminal" e apresentam uma série de medidas a pôr em prática já no início deste ano lectivo.


Várias Associações de estudantes estiveram reunidas no passado dia 6 de Setembro, a fim de debater as acções a pôr em curso no início do ano lectivo, face à situação que se vive no ensino em Portugal.
Em comunicado à comunicação social resultante da reunião de associações, os estudantes falam de uma situação de "fragilidade" e "ruptura terminal", num momento em que a qualidade do ensino corresponde unicamente "ao funcionamento básico das instituições".
As associações de estudantes crêem ser "credoras de promessas nunca cumpridas" e reclamam "o direito e o dever de intervir utilizando todos os instrumentos que entenderem eficazes para alterar a actual situação da Educação".
Assim, apresentam uma série de medidas no sentido de atender a este propósito. A primeira medida sugere uma ampliação e massificação de toda a informação relativa a esta matéria, para esclarecer estudantes e opinião pública em geral, através da edição de um jornal, de um site na internet, e de outros materiais gráficos no que consideram ser uma "campanha de informação e esclarecimento acerca do real estado da Educação no nosso País". Além disso, pretendem "intensificar as acções de discussão e mobilização no início do ano lectivo", assumindo o primeiro dia de aulas como "um dia de denúncia e protesto em cada escola".
Os estudantes prometem ainda encetar esforços no sentido de "globalizar as reivindicações comuns no ensino superior a não docentes, sindicatos, reitorias e órgãos de gestão.
As associações de estudantes lançam ainda um apelo ao Presidente da República para que intervenha e "represente o recurso da sociedade civil em relação ao desprezo a Educação tem sido votada pelo elenco governativo".
De lembrar que as associações apresentaram um ultimato ao Primeiro Ministro, António Guterres, exigindo uma tomada de posição relativamente às reivindicações que os estudantes apresentaram aquando do corte orçamental. Não houve resposta por parte de António Guterres e os estudantes prometeram, na altura, um início de ano lectivo "quente".