As Segundas Conversas sobre a Educação permitiram a troca de conhecimentos entre alunos das licenciaturas via ensino da UBI e também entre docentes
Por iniciativa dos alunos da via ensino
Conversas sobre Educação na UBI


Estudantes das licenciaturas via ensino da Universidade da Beira Interior lançam novo desafio ao organizar, em colaboração com duas docentes daquela instituição, as segundas Conversas sobre Educação. A troca de experiências, ideias e conhecimentos entre os participantes marcaram esse dia.


Por Sónia Torres


Decorreram, na passada quarta feira, no anfiteatro da sexta fase, na UBI, as segundas Conversas sobre Educação, iniciativa organizada pelo Departamento de Ciências da Educação daquela universidade.
Pela segunda vez, os alunos das licenciaturas via ensino prepararam trabalhos durante as aulas das disciplinas de Ciências da Educação, para os apresentarem tanto aos colegas e professores da universidade, como também aos do exterior.
A orientar e a acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos dos futuros professores, estiveram duas docentes da UBI, Maria de Fátima Simões e Graça Esgalhado. O dia, destinado às conversas, foi substancialmente marcado pela presença das intervenções previstas.
Os estudantes da via ensino falaram acerca da importância que exerce a escola e o professor no desenvolvimento dos adolescentes no ensino. Grupo a grupo, foram subindo ao estrado do anfiteatro para exporem o que pensam acerca dos métodos para se obter êxito com os alunos. Alertando o auditório, os universitários já quase professores focaram alguns dos actuais problemas da sociedade e as repercussões que estes têm na escola, evidenciando algumas formas de os ultrapassar.
A finalizar a programação, alguns alunos de Língua e Cultura Portuguesa, recitaram poemas ao som de uma música descontraída, amenizando o ambiente.

Objectivos pretendidos continuam nas segundas conversas

Tendo em conta que as primeiras Conversas sobre Educação, que decorreram a 3 de Julho do ano passado, surgiram com o objectivo de atingir determinados metas, a segunda edição do certame mantém as mesmas intenções. Criar um envolvimento mais activo por parte dos alunos das licenciaturas via ensino na organização e participação naquelas actividades, com trabalhos desenvolvidos ao longo das aulas, continua a ser uma das metas a alcançar. Maria de Fátima, presidente do Departamento de Ciências da Educação, referiu que o evento "contribui para o desenvolvimento de competências de comunicação dos futuros professores", alertando também para o facto de "fomentar o intercâmbio entre os alunos dos cursos via ensino e a comunidade educativa".
De forma a superar algumas dificuldades comunicativas, o projecto incide também na divulgação dos trabalhos realizados de forma a "estimular a criatividade e competências de investigação essenciais para a actividade docente", assegurou a presidente do Departamento das Ciências da Educação.
Mário Raposo, durante a sessão de abertura, realçou a importãncia do confronto de ideias, assim como, a organização de colóquios e debates acerca destes e de outros assuntos.

A importância da escola e do professor

Os temas tratados ao longo do dia foram direccionados sobretudo para a apredizagem e desenvolvimento dos alunos na escola. Ao longo da manhã alguns jovens alunos de Física ensino procuraram mostrar "o novo caminho a percorrer na educação". "O professor é tido como um agente de mudança, portanto cabe-lhe a ele despertar o interesse do aluno para novos projectos" confirmaram os intervenientes.

Um dos aspectos mais fundamentais na docência é ser capaz de captar a atenção do aluno
Os oradores procuraram mostrar a importância do docente no desenvolvimento intelectual do aluno e realçaram o quão importante é o professor cativar a atenção do aluno para uma participação mais activa, contribuindo para a criação de uma auto-motivação no aluno.
Na parte da tarde a atenção foi focada na necessidade de educar para a cidadania. Cidadania entendida como um "conjunto de deveres e direitos", afirmou Liliana Dias, uma das intervenientes. Formar os alunos para a responsabilidade individual, como também para os deveres colectivos, foi um dos destaques feitos ao longo da tarde. Neste âmbito, a preocupação mostrada pelos intervenientes passa pela necessidade de fazer chegar aos adolescentes a cultura e a instrução, para que deste modo o aluno possa desenvolver-se a nível pessoal e colectivo pois "é na escola que o aluno vai começar a construir a sua personalidade", assegurou Dalila André.