Antigo Colégio, encerrado há alguns anos, é o local desejado para a instalação da escola
Belmonte
DREC aprova Escola Profissional

Faltará agora definir se a Escola fica no antigo colégio ou muda de sítio. Avaliação do valor do imóvel ainda não é conhecida. Câmara espera que cursos possam formar jovens em áreas pouco exploradas até ao momento.



Por João Alves
NC/Urbi et Orbi


A Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) já aprovou o projecto de instalação de uma escola profissional em Belmonte. Esta é, pelo menos, a novidade anunciada pelo autarca local, Amândio Melo, que salienta que o projecto de arquitectura no antigo colégio da vila, onde a Câmara pretende ter a escola, está aprovado.
Recorde-se que esta ideia a Maio de 1999, quando a Associação Cristã da Mocidade (ACM da Beira Interior) e a Câmara Municipal de Belmonte, apresentaram publicamente a intenção de avançar com uma Escola Profissional na vila de Pedro Álvares Cabral, estando previsto o arranque no ano lectivo 2000/2001. Porém, nada disso se veio a confirmar, segundo Amândio Melo, devido à tardia resposta do Ministério da Educação em dar aval à instalação da escola e também pelo facto do mesmo ministério não ter ainda apresentado à autarquia o preço do imóvel onde se pretende instalar a instituição, o antigo colégio onde já funcionaram aulas da Escola EB 2/3 Pedro Álvares Cabral, mas que se encontra desocupado há mais de dois anos. Técnicos do ministério já fizeram uma primeira avaliação, mas "ainda temos o problema por resolver. Teremos que esperar por uma resposta e depois ver se será vantajoso comprar ou arrendar. Se virmos que não compensa, teremos que pensar noutro local" explica o presidente da Câmara de Belmonte, Amândio Melo. Por isso, o autarca não define qual será a data para o arranque oficial das aulas naquela escola. "Sem que isso esteja definido, é difícil fazermos uma previsão" salienta.

Prioridade ao sector têxtil

A nova Escola Profissional de Belmonte irá arrancar a pouco e pouco com a instalação de alguns cursos, alguns relacionados com a indústria dominante no concelho e que emprega a maior parte da população: as confecções. Passado alguns anos, Belmonte terá cursos de três anos para técnicos de vestuário e confecção, electricidade, electromecânica, marketing, conservação do património, frio e climatização, restauração e gestão ambiental. Amândio Melo justifica estas escolhas por serem áreas que não são muito exploradas, "sem grande abundância de técnicos quer na Guarda como na Covilhã". Com esta escola, o presidente da autarquia prevê a possibilidade de surgirem 400 novos alunos à vila, bem como novos docentes, algo que considera positivo para a revitalização do tecido comercial. "Haveria maior consumo de produtos, bens e serviços" explica Amândio Melo. E adianta que vê também na Escola a possibilidade de jovens que não possam ir para a Universidade, "adquirirem alguma formação que os ajude na sua vida futura".