Ensino Particular
Professores contestam entidade particular

NC/Urbi et Orbi

 

A Associação dos Estabelecimentos do Ensino Particular (AEEP) é acusada pelos docentes daquele sector de não estar a promover a dignificação e valorização dos seus trabalhadores, o que implica " uma menor qualidade no subsector do ensino particular no sistema educativo português".
Reunidos em plenário, na quinta-feira, 25 , na Guarda, os professores do ensino particular manifestaram o apoio à Federação Nacional dos Sindicatos da Educação "na decisão de não assinatura do acordo que a AEEP lhe quis impor e nas acções que está a desenvolver no sentido do esclarecimento da situação que se vive no sector".
Os docentes do ensino particular alertaram ainda o Ministério da Educação para a situação "vivida no âmbito do ensino particular e cooperativo". Isto porque, de acordo com o documento elaborado no final do plenário, esses estabelecimentos não assumem "a obrigação de dignificação deste sector através da valorização do seu pessoal docente e não docente".
No decorrer deste encontro foi manifestada a possibilidade de serem encetadas novas formas de luta "que façam sentir a sua forte insatisfação e a reivindicação de que nas negociações salariais de 2002 sejam consideradas as perdas sofridas em 2001 e se garanta uma efectiva valorização do trabalho que desenvolvem". Como foi salientado nesse plenário, muitos dos professores do ensino particular vão receber aumentos salariais que "são muito inferiores à inflação que se está a registar".
Para além disso os professores consideraram que a equiparação das carreiras docentes no sectores público e particular está "uma vez mais posta em causa" donde todo o esforço feito no sentido da aproximação de carreiras "fica prejudicado com a atitude que a AEEP assumiu mais uma vez em todo o processo negocial do presente ano".