Dinheiro não chega, mas população agradece
Câmara Municipal da Covilhã atribui a 70 famílias
Cheques para recuperação de casas

As casas mais afectadas pelo degradamento são na própria cidade da Covilhã. Cerca de 70 famílias puderam contar com esta ajuda.


Por Ana Filipa Fernandes


No passado dia 19 de Novembro, segunda-feira, cerca de 70 famílias foram beneficiadas com cheques integrados no Programa para a Recuperação de Imóveis Degradados (PERID). Mais uma iniciativa da Câmara Municipal da Covilhã (CMC) que pretende para este efeito recuperar toda a zona habitacional degradada no concelho.
Este programa tem como objectivo proporcionar, através da CMC, a beneficiação das zonas habitacionais, requalificação essa bem vinda, dado que problemas habitacionais no concelho são muitos.
Este programa abrange casas que estejam de alguma forma degradas, problemas que digam respeito a pequenos reparos nos telhados, casas-de-banho, cozinhas, pinturas exteriores, substituição de ligações eléctricas ou outras situações mais isoladas. Com esta iniciativa podem agora requalificar as suas habitações.
O total destes 70 cheques perfaz a quantia de 26 mil 830 contos.
O montante de cada cheque foi obtido através de uma avaliação das candidaturas a este programa, de forma a que fossem avaliados os valores a atribuir de acordo com as obras necessárias das habitações. Estes cheques, no entanto, não ultrapassam os 600 contos por cada habitação.

Em quatro anos de mandato perfaz 79 mil contos

O rescaldo dos últimos quatro anos de mandato do actual presidente e recandidato à Câmara Municipal da Covilhã, prevê um total de cerca de 79 mil contos atribuídos para a requalificação de habitações em degradação, o que equivale a cerca de 250 famílias abrangidas por este programa.
Um habitante do Sarzedo afirmou-nos que esta verba é bem vinda na medida em que, apesar do montante não ser o suficiente para financiar todas as obras, possibilitou o arranjo da sua habitação. "A minha casa estava toda deteriorada, as placas eram de madeira e já estavam podres. Não tinha divisões, nem cozinha e muito menos casa-de-banho. A obra já foi feita e já está tudo muito bem", afirma. No entanto, este covilhanense teve ainda de gastar mais de dois mil contos do seu bolso.
Segundo nos afirmou Carlos Pinto, Presidente da Câmara Municipal da Covilhã, este financiamento ronda os 60 a 70 por cento dos gastos efectuados nas referidas habitações. Afirma ainda que o grande objectivo desta intervenção "é tornar habitáveis casas que ao longo dos anos se têm vindo a deteriorar. Pretende-se resolver o problema das habitações velhas sem ter de passar pela solução de habitações novas. Estas pessoas já são de uma idade avançada e querem continuar nas suas casas e não serem desenraizados nos locais onde sempre viveram".

Novo pacote de beneficência

No início do próximo ano serão já avaliadas novas candidaturas e aprovado o novo pacote de beneficência.
No entanto, outros protocolos foram já assinados. A Inspecção Geral da Administração Pública (IGAP) pretende, assim, possibilitar a recuperação de mais 300 casas e edifícios que tenham problemas na sua fachada, bem como outros problemas. Serão atribuídas novas verbas para este efeito, mas com montantes muito superiores, não havendo mesmo limite de atribuição das verbas.
A zona a ter especial atenção, também já no próximo mandato, será a zona história, através da remodelação e recuperação de edifícios em ruínas. Essas recuperações serão ou efectuadas pelos proprietários ou os edifícios serão comprados pela Câmara para o efeito, sendo posteriormente alugados ou vendidos.