O Festival, integrado na Semana da Ciência e Tecnologia não registou a adesão esperada
III Festival Internacional do Filme Científico
Uma adesão oscilante

Durante cinco dias, foram projectados vinte e um filmes. Alguns tiveram um público razoável, mas outros foram vistos por uma fraca assistência. No entanto, são iniciativas relevantes na divulgação dos trabalhos científicos e, como tal devem-se tornar mais conhecidas das pessoas em geral.

Por Ana Filipa Silva


Na semana de 19 a 23 de Novembro, o anfiteatro número 1 do pólo VI da Universidade da Beira Interior recebeu o III Festival Internacional do Filme Científico. Manuela Penafria, docente do Departamento de Comunicação e Artes foi a grande dinamizadora do Teleciência na Covilhã. Para esta iniciativa contou não só com o apoio do seu Departamento, como também com o da Faculdade de Ciências da Saúde, do Departamento do Docente Jubilado ( parte integrante do Sindicato dos Professores da Zona Centro ) e do Cineclube da Covilhã.
Um dos momentos altos do Festival deu-se no terceiro dia. O anfiteatro acolheu cerca de vinte docentes que já não estão no activo, entre eles avós que ficaram tão impressionadas com os filmes ao ponto de questionarem a professora Manuela Penafria sobre a possível compra dessas cassetes para mostrarem aos seus netos. A propósito do filme "Chip- O Pequeno Notável", Maria Alcinda confessou que os seus netinhos jogam xadrez no computador e "desejam que os acompanhe".
Quando o último filme do Teleciência, "O Conflito Climático", chegou ao fim apenas três pessoas se encontravam na sala. O professor Jaime Braz e os alunos João Martins e Helena Manso foram os resistentes. Souberam da iniciativa de maneira diferente, mas todos confirmaram a importância da sua divulgação, embora Jaime Braz nos diga que "Hoje em dia, os alunos podem ter acesso a este tipo de filmes através de vários canais de televisão.". Os alunos e não só, já que o professor assumiu ter visto anteriormente esta película num canal temático.
Helena Manso dá-nos a sua opinião "Acho que esta iniciativa é interessante, mas devia de ser mais divulgada.", até no intuito de colmatar a inexistência destes ciclos de filmes científicos ao nível do Ensino Secundário, por exemplo Jaime Braz não se recorda de um programa do género na escola em que lecciona, Escola Secundária Frei Heitor Pinto.