Por João Alves
NC/Urbi et Orbi


Cerca de 250 trabalhadores da Confecção Eres podem ser despedidos

Os candidatos à Câmara Municipal do Fundão nas eleições do dia 16 de Dezembro e a União dos Sindicatos mostram-se preocupados quanto ao futuro da empresa de confecções Eres, que poderá, a qualquer momento, despedir cerca de 250 trabalhadores.
Sampaio Lopes, do PS, pediu ao primeiro-ministro, António Guterres, o seu empenho para evitar "um rude golpe" que o Fundão sofrerá na sua estrutura produtiva. A empresa, sediada naquela localidade há 30 anos, emprega 500 trabalhadores, na sua maioria mulheres, e a confirmar-se o redimensionamento da empresa para 250 a 300 operários, Sampaio Lopes alerta para as consequências que algumas famílias sofrerão, vendo "as suas vidas profundamente abaladas". Já o social-democrata Manuel Frexes salienta o "notório enfraquecimento do tecido empresarial fundanense" e, em requerimento enviado a António Guterres, pede explicações sobre "a principal empregadora do concelho que anunciou despedir 250 pessoas". Para além disso, Frexes revela preocupação quanto ao possível encerramento de escritórios da EDP, os incêndios na região e a crise na Águas do Alardo. Também o candidato comunista Luís Lourenço relembra o "perigo de um importante investimento, como é o caso da Eres, levantar arraiais".
Contactado pelo NC, o coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco, Luís Garra, afirma que a situação continua sem grandes desenvolvimentos. "Há a intenção de despedir cerca de 300 trabalhadores. Em plenário, eles decidiram lutar pelos seus postos e pelos direitos que têm de antiguidade, caso sejam despedidos. O mais grave, no entanto, é os responsáveis da fábrica dizerem que não têm dinheiro para indemnizações", salienta Luís Garra. A União dos Sindicatos realizou, entretanto, uma reunião com a administração da Eres, não sendo possível ao NC, até ao fecho da edição, apurar quais as novidades saídas de tal encontro.