O Carnaval é um período de folia e rituais
pagãos próprio dos costumes ocidentais.
Este período é constituído pelos
três dias que antecedem a quarta feira de cinzas,
no calendário religioso ocidental, em que se inicia
o período de abstinência da Quaresma, que
tem a duração de 40 dias. Daí o nome
de Carnaval, "adeus carne". Em Portugal, utiliza-se
também a designação Entrudo, nome
que recorda a entrada (introitus) na Quaresma.
As suas raízes encontram-se nos velhos ritos romanos
que celebravam o fim do Inverno e o começo da Primavera.
A data do Carnaval varia de acordo com a data do dia de
Páscoa, que depende, entre outras coisas, do equinócio.
A data da Páscoa foi estabelecida no concílio
de Niceia, em 325. As comemorações do Carnaval
estenderam-se para fora da Europa com a difusão
do cristianismo.
Ao longo dos tempos, o Carnaval foi sendo aproveitado
para inúmeras brincadeiras, muitas delas troçando
das autoridades, dos costumes, de certas personalidades.
Foi também, muitas vezes, um período de
maior permissividade: na Idade Média, por exemplo,
os franceses celebravam-no com vinho e sexo; em algumas
cidades italianas, os grupos que desfilavam pelas ruas
transportavam falos de grandes dimensões. Batalhas
de água, ovos e outras coisas mais tornavam este
um período agitado. Já então era
válido o ditado português: "É
Carnaval, ninguém leva a mal!".
O Carnaval é festejado tradicionalmente numa terça
feira - terça feira gorda - com desfiles, máscaras
e brincadeiras. Actualmente, as celebrações
são muitas vezes grandes eventos organizados por
associações ou mesmo pelos municípios.
Em Portugal, as máscaras e brincadeiras permitem,
por exemplo, inverter os papéis sociais (homens,
mulheres, ricos, pobres...), servindo sobretudo para a
crítica política e social, ao longo dos
corsos em todo o país.
Outras regiões do mundo onde o Carnaval tem tradições
seculares e tom de espectáculo são o Brasil,
onde é uma das maiores festas populares (sobretudo
no Rio de Janeiro), Veneza (Itália) e Nova Orleães
(EUA).
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