Por Ricardo Cordeiro


A Biblioteca Central é um espaço onde "É muito difícil estudar em silêncio e em sossego"

Joana Dias, responsável pelos Serviços de Documentação da UBI, não nega que haja barulho na Biblioteca, mas afirma que se trata de um problema que não é da sua responsabilidade. "A grande culpa de haver muito barulho é dos alunos que a frequentam", referiu. "Os alunos quando chegam à universidade têm que vir com um mínimo de educação e de civismo" afirmou. Joana Dias deu um exemplo: no âmbito dos Dias da UBI, visitaram a biblioteca cerca de 100 crianças "que fizeram menos barulho do que muitos dos alunos universitários que por aqui passam".
"Os alunos comportam-se como se estivessem na rua ou no café. Atendem os telemóveis, respondem às mensagens e acima de tudo não sabem falar baixo", critica a responsável pela Biblioteca. "Quando são chamados à atenção pelos funcionários, respondem muito mal e ficam muito ofendidos como se não estivessem a fazer nada de mal" continuou.
A pensar na realização de trabalhos de grupo, que são causa de muito ruído, foram criadas duas salas de estudo próprias para esse efeito. Mas os alunos não as utilizam "porque gostam de fazer barulho".
Outro ponto negativo apontado à Biblioteca é o facto ter aberto antes de estar a funcionar em pleno. Joana Dias garante que tal aconteceu pela "falta urgente de espaço".
Entre os próprios alunos existem muitos que se queixam do ruído. Tânia Nóbrega, do curso de Engenharia Civil, refere que "para além do barulho incómodo das máquinas e dos trabalhadores que arrumam a Biblioteca, ainda existe o barulho que muitos dos alunos fazem. É muito difícil estudar em silêncio e em sossego nesta Biblioteca" afirmou.
Apesar de tudo a Biblioteca Central continua a funcionar, registando boas taxas de ocupação. Mas o problema poderá assumir contornos mais preocupantes na época de exames que se inicia no próximo mês de Junho.