"Stan & Ollie, Construtores de Muros"
O muro da concórdia

 O Teatro da Academia, da Escola Superior de Educação de Viseu, apresentou na Covilhã uma proposta inédita e aliciante marcada por momentos de humor.

Por Catarina Rodrigues


Stan e Ollie são as únicas personagens da peça

Stan e Ollie têm como trabalho a construção de um muro. Sabem que o têm de fazer mas as motivações para tal não estão bem definidas. Na peça que subiu ao palco do Teatro-Cine na passada quinta feira, Cristóvão Cunha e Ricardo Cavadas interpretam duas personagens em constante confronto de opiniões. Stan tem uma personalidade completamente diferente de Ollie e é a construção do muro que permite que se conheçam verdadeiramente a si próprios.
Apesar dos confrontos e discórdias que surgem entre as duas personagens, o bom humor é uma constante. No final fica uma certeza. A amizade entre ambos é conflituosa mas também muito forte. Mais forte que o próprio muro em construção.
Esta criação do Teatro da Academia foi um momento marcante para o evento em que se inseriu, o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior. Pedro Fonseca do TeatrUBI sublinha que "as expectativas dentro dos grupos de teatro são cada vez maiores o que contribui para uma aumento da qualidade dos espectáculos".

 


"Julião Sarmento: Flashback"
Um olhar sobre as artes

O VI Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior apresentou uma grande variedade de espectáculos. Para além de peças teatrais, música e poesia, houve ainda lugar para uma homenagem especial a um artista português.
Julião Sarmento é uma referência no panorama artístico nacional e internacional. Nasceu em Lisboa em 1948, e tem actualmente uma obra vasta, que passa pelas mais diversas áreas. Estes factores serviram de base ao documentário, realizado por Renata Sancho, exibido na sede da AAUBI no passado dia 14 de Março.
Neste trabalho é feita uma abordagem geral sobre a obra do artista plástico, que vai da fotografia à escultura passando pela pintura.
O ponto de partida foi a exposição "Flashback" que esteve patente no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian.
No documentário, cuja produção ficou a cargo do Laboratório de Criação Cinematográfica, foi inserida uma entrevista com Julião Sarmento.
O artista já representou Portugal na Bienal de Veneza em 1997. As suas obras marcam presença além fronteiras e continuam a fazer as delícias dos apreciadores por esse mundo fora.