Por Ricardo Cordeiro


Uma crítica à abordagem política em "Idiota"

Criticar alguns aspectos da sociedade de uma forma divertida, é o que acontece no espectáculo "Idiotas", representado pela Associação de Teatro e outras Artes do Distrito de Castelo Branco (ASTA). A peça teve a sua estreia no dia 16 de Maio, mantendo-se em cartaz nos dias 17 e 18 no Teatro-Cine da Covilhã.
"Gritos, psico-farmácia e luz" de Rui Pedro, jovem dramaturgo covilhanense, é o texto, com uma forte critica social, que serve de base à peça teatral "Idiotas", encenada por António Abernú.
Constantes mudanças de cenário marcam o ritmo da acção e representam diferentes situações da nossa sociedade. A acompanhar estas cenas estão sirenes e luzes muito fortes que incidem sobre os espectadores.
A personagem principal, o Idiota, é um jovem que ousa pôr em causa o sistema, revoltado, desiludido e cansado de injustiças. O Idiota é o único que pergunta porquê. Os outros limitam-se a agir.
Idiotas é um espectáculo em que se exagera, desfoca e ridiculariza a realidade, o que por vezes arranca sonoras gargalhadas à plateia.
O nome da peça não foi escolhido ao acaso. "Achámos que o titulo do texto do Rui Pedro era muito longo para uma peça teatral. Como a personagem principal é o Idiota e como todos temos um pouco de idiotas dentro de nós, escolhemos Idiotas", afirmou António Abernú que referiu ainda que a peça pretende "ser uma critica e um alerta à sociedade".