Panic Room
de David Fincher

Por Pedro Homero

Uma casa de sonho em Manhattan. Uma divisão

à prova de roubo. Uma família a recomeçar. Um

assalto mal-planeado.

Panic Room, o tão esperado filme de David

Fincher, é um sonho técnico. A fotografia é

impressionante, de uma riqueza e grão

fantásticos, uma montagem extremamente bem

cadenciada uns planos "à Fincher" como só ele

sabe fazer, e, claro, actuações irrepreensíveis

como não podia deixar de ser.

Por outro lado o filme destaca-se pelo retorno a

uma solução difícil, o filme em tempo real. A estória concentra-se, grosso modo,

numa só noite, o que implica uma capacidade muito apurada para não entediar o

espectador.

O enredo cumpre exactamente a sua função (enredar o espectador), com uma

descrição envolvente do assalto mal-fadado ao quarto impossível de violar, sem cair

em clichés ou soluções fáceis. Os fãs do realizador estranharão talvez uma certa

"normalidade" do desenlaçe da estória mas concordarão que não deixa de ser um

dos melhores filmes dos últimos tempos.

Conclusão: apesar de ter uma boa dose de efeitos visuais e técnicos a apoia-lo,

Panic Room mostra que um bom filme nasce de uma boa estória. Regra geral.