Inconclusiva. Assim se pode classificar a reunião que o presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, teve no dia 31 de Maio, em Lisboa, com o Ministro das Cidades, Ambiente e Ordenamento, Isaltino Morais, na qual o assunto mais importante em debate foi a construção da nova barragem das Penhas, bem como a requalificação das Penhas da Saúde. Para além disso, também a possível subdivisão do Gabinete Técnico Local em três unidades foi falada.
Mas para Carlos Pinto, "o que me preocupa é a barragem". Durante a reunião, "não houve respostas. Há o estudo do problema e oportunamente reuniremos de novo para analisar os dossiers" explica o autarca. Relembre-se que no início do ano, o ministério do Ambiente, então liderado por José Sócrates, actual deputado do PS pelo distrito, assinou um protocolo com a autarquia covilhanense, que previa a construção da nova barragem por parte de uma nova empresa que iria gerir os recursos hídricos na Covilhã. Esta seria constituída pela autarquia (48 por cento), Águas do Zêzere e Côa (48 por cento) e Associação de Municípios da Cova da Beira (4 por cento), o que daria à Câmara da Covilhã peso na administração, tendo assim influência na questão dos preços, algo que a autarquia sempre contestou e a levou a não aderir ao Sistema Intermunicipal da Águas do Zêzere e Côa. Agora, a autarquia pretende saber quais as intenções do Governo neste campo, numa altura em que é bastante falada a possibilidade de vendas das holdings do IPE- Águas de Portugal. No que toca ao Polis, Carlos Pinto diz ter vindo da reunião com a certeza de que o programa continua garantido.

Despoluição de ribeiras atrasada

Afinal, as ribeiras da Goldra e Carpinteira não ficaram totalmente limpas e despoluidas. Recorde-se que este era o prazo apontado pela autarquia covilhanense para que todos os esgotos passassem a ser conduzidos para as ETAR's da Boidobra e Várzea, o que levaria a água a ficar mais limpa. E previa-se que em Setembro houvesse inauguração.
Agora, Carlos Pinto diz que as obras estão a andar, embora Maio fosse o prazo fixado para a obra estar pronta. Porém, "há sempre impedimentos. Para isso, basta chover mais um pouco. Mas elas estão a decorrer e vão estar prontas até final do ano" explica Pinto.