| A I Jornada de Reflexão 
                      sobre os Estágios dos Cursos de Letras da UBI, realizada 
                      no passado dia 14 de Junho, permitiu uma troca de ideias 
                      entre alunos, professores e orientadores de estágio. 
                      Tentar evitar erros cometidos no passado foi o principal 
                      objectivo do encontro. O ano lectivo que está agora a terminar foi o primeiro 
                      de estágio para os alunos de LCP. Antonieta Garcia, 
                      presidente do Departamento de Letras, alertou para a necessidade 
                      de uma melhor articulação entre os alunos 
                      em fim de licenciatura e as escolas onde vão trabalhar. 
                      A inexistência deste contacto foi uma das principais 
                      críticas apontadas pelos estagiários. A responsável 
                      pelo Departamento apelidou esta situação de 
                      "casamento imperfeito", já que a relação 
                      prévia entre os alunos e a escola foi praticamente 
                      nula.
 Os futuros professores de Português presentes na jornada 
                      participaram activamente no debate. Falaram do medo que 
                      estão a sentir do estágio e da incerteza do 
                      futuro porque passar de aluno a professor não é 
                      tarefa fácil. Luís Miguel, aluno de LCP, refere 
                      que "seria importante os alunos terem acesso às 
                      escolas para descobrir a melhor forma de trabalhar com a 
                      gente que os espera".
 Antonieta Garcia pediu aos futuros professores que fossem 
                      inventivos e criativos. Para a presidente do Departamento 
                      de Letras "preparar os alunos para o dever é 
                      fundamental".
 Reestruturação do curso Os alunos de Língua e Cultura Portuguesas pediram 
                        neste encontro a reestruturação da licenciatura. 
                        "Há cadeiras que deixam muito a desejar, nomeadamente 
                        a nível de gramática", afirma Luís 
                        Miguel. Esta questão é importante porque 
                        os estagiários vão lidar com o 7º, 
                        8º e 9º ano de escolaridade onde a gramática 
                        predomina. Os professores têm também algumas 
                        propostas a apresentar face à reestruturação 
                        do curso. O docente Alexandre Luís salienta que 
                        "os alunos terminam a licenciatura com um conhecimento 
                        muito deficiente da literatura portuguesa".A reestruturação do curso e a articulação 
                        entre a universidade e as escolas foram temas que dominaram 
                        o debate. Mas, a reflexão estendeu-se também 
                        à importância da competência científica 
                        no desempenho de um professor de Português.
 
 
 
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