A Austrália ataca de novo

 

Highly Evolved

THE VINES

Capitol | 2002

 

Por Alexandre Silva

Desde os Midnight Oil e INXS que nada de tão refrescante surgia de terras australianas.
Para se localizar os The Vines na actual geografia musical, pode-se dizer que estão algures entre os White Stripes, The Strokes e The Hives. O quarteto "aborígene" encaixa-se perfeitamente na nova corrente de bandas que resolveram criar algo de novo com a reciclagem das fórmulas clássicas do mais puro rock. Isto embora a sua música se dissolva tanto nas sonoridades dos anos 60 e 70 como no grunge de três "acordes" de Seattle.
Highly Envolved, o primeiro ga duração da banda liderada por Craig Nicholls, é um conjunto de momentos únicos que, muito dificilmente podem ser vistos como um todo. É que a sonoridade, de faixa para faixa, muda como da noite para o dia.
Se "Highly evolved", "Outathaway" e "Get free" são ções assumidamente punk que obedecem à velha filosofia dos "dois minutos a esbracejar e a saltar com a cabeça àbanar pratudo quanto é lado", já "Homesick" e "Country Yard", por exemplo, revelam uma faceta mais cool e introspectiva do colectivo, que se reflecte na voz de Nicholls.
Seja como for, goste-se ou não (?!), o certo é que estes australianos vieram para ficar e para pôr a saltar as salas de dança da Europa.
Ou não fossem eles da terra dos cangurus.

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