Moisés tenta ultrapassarCamilo. Foi assim o jogo todo: Covilhã no ataque Ovarense a defender

Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio Santos Pinto
Covilhã
(01-09-2002)


Árbitro: Jacinto Paixão (Évora)
Auxiliares: José Chirito e José Espada

Sp. Covilhã- 3
Celso, Rui Morais, João Carlos, Edgar, Pinheiro, Mauro, Carlos Manuel (80), Trindade (cap.), Jorge Humberto (61), Moisés, Nini, André Cunha, Ni Amo (70), Paquito.
Treinador: João Cavaleiro

Ovarense- 0
Rui Parada, Evilar, Hélder Vasco, Ivan, Fariñas, Éder, Camilo, Zé Gomes (51), Sérgio Duarte, Sander (59), Charly, Nei, Pedro Cervantes, Óscar (82).
Treinador: Bruno Cardoso

Ao Intervalo: 1-0

Marcadores: Paquito (44m g.p., 50m), André Cunha (58m)

Disciplina: cartão amarelo a Trindade (49m), Pinheiro (55m), Éder (66m) e Zé Gomes (80m).
Cartão vermelho a Fariñas (44m).


Melhor em campo: Moisés
Irrepreensível. Só faltou um golo para coroar a sua exibição no último domingo. O médio covilhanense foi o motor de uma equipa que passou 90 minutos em "alta rotação". Moisés jogou e fez jogar. Recuperou bolas no meio-campo e lançou o ataque sempre com a classe e a frieza de um "veterano". A variação de flanco com Nini deixou a cabeça em água aos defesas ovarenses. Determinante, esteve envolvido nos lances dos dois últimos golos.

II Liga - Covilhã na segunda posição
Leões de garras afiadas
surpreendem Ovarense


Perante um estádio quase cheio, o Covilhã surpreendeu a Ovarense com um futebol vistoso, prático e eficaz. Com três golos sem resposta, os leões conseguem a primeira vitória da época e ascendem à segunda posição da tabela.


Alexandre Silva


Com um início absolutamente fulgurante, o Sporting da Covilhã surpreendeu a mais experiente equipa da Ovarense. A turma serrana dominou por completo a primeira parte e entrou em campo com a clara intenção de marcar cedo. Moisés, por três vezes, levou a bola a passar perto da baliza à guarda de Rui Parada, e Paquito e Edgar, mais tarde, também não conseguiram fazer melhor.
A pressão exercida pelos pupilos de Cavaleiro acabaria por se revelar decisiva mesmo em cima do apito para o intervalo. Numa jogada de insistência do ataque local, Moisés cabeceia para a baliza e Fariñas, perante a ausência do seu guarda-redes, defende com a mão. Um lance que Jacinto Paixão não deixou passar em claro, assinalando penalti e mostrando o vermelho directo ao central "vareiro", e que Paquito aproveitou da melhor maneira ao converter a respectiva grande penalidade.
Na segunda parte, a esperada reacção ovarense não surge e é, novamente, o Sp. Covilhã que põe o pé no acelerador. O segundo tento do jogo surge depois de várias oportunidade criadas e é o perfeito exemplo do entendimento entre os sectores intermediário e ofensivo do clube serrano. O lance nasce numa recuperação de bola de Moisés e, em poucos passes, passa pelos pés de André Cunha e Nini, antes de Paquito efectuar o remate decisivo e ampliar a vantagem. Oito minutos depois é André Cunha que, na sequência de um lançamento lateral, desfere um remate à meia-volta da quina direita da área ovarense e estabelece o resultado final com um golo soberbo que fez levantar as bancadas, quase cheias, do Santos Pinto.
A equipa de Cavaleiro estreia-se a vencer na competição e ascende à segunda posição da tabela. Mas, mais importante que os números da vitória, é a forma como ela foi alcançada. O Covilhã foi mais coeso, dedicado e os seus elementos nunca regatearam esforços quando se tratou de correr à procura da bola e do golo. É certo que, tal como reconheceu, no final, João Cavaleiro, "a expulsão de Fariñas ajudou" deixando mais espaço aberto aos jogadores "verde-e-brancos", mas também não deixa de ser meritório o facto de os serranos terem sabido, e de que maneira, aproveitar esses espaços.
O calendário da II Liga regressa no domingo, 15 depois da interrupção do passado fim de semana. Contudo, o Santos Pinto recebeu, no domingo, 8, a partida antecipada da 16ª jornada que opôs os serranos ao Alverca.