NC/Urbi et Orbi


A empresa encerrou no mês de Junho e atirou para o desemprego cerca de 200 trabalhadores

O próximo dia 31 de Janeiro será uma data decisiva no processo do pedido de falência da Gartêxtil, empresa de têxteis da Guarda. Nesse dia, os trabalhadores vão decidir a atitude a tomar e promover uma vigília, que poderá contar com a presença do Secretário Geral da CGTP, Carvalho da Silva.
Esta fábrica está encerrada desde o passado mês de Junho, deixando sem trabalho quase duas centenas de trabalhadores. No plenário realizado no passado dia 17 o pedido de falência foi adiado. Carlos João, do Sindicato Têxtil da Beira Alta, sustenta que os trabalhadores têm mais vantagens com a falência do que em continuarem na incerteza actual. Na sua opinião, após oito meses "está na hora de fazer alguma coisa", principalmente porque se trata de uma "empresa de gente nova, o que em termos de subsídios de desemprego pode ser mau, porque dura pouco e nalguns casos está a terminar".
Aquele sindicalista alerta ainda para o facto de ser suficiente o pedido de apenas um trabalhador para que a falência se concretizasse, tendo apelado para que no dia 31 estejam prevenidos com os respectivos bilhetes de identidade de forma a ser formalizado o pedido. "Só desta forma, continua, poderão obter, através do Fundo de Crédito Salarial, o que têm direito". Para Carlos João, a falência não inviabiliza a revitalização da empresa mas pode desbloquear o processo de negociação.
Ainda na sua opinião, os deputados eleitos pelo círculo da Guarda nunca mais deram sinal e da presidente da câmara vão tendo, "mas não são os mesmos de há quatro anos atrás".
As críticas daquele sindicalista vão igualmente para as pessoas que garantiram que a fábrica tinha sido adquirida por uma empresa do Norte e que começaria a laboração em Setembro, embora com um máximo de 60 trabalhadores. O dirigente sindical não entende que tenham desistido e que ninguém diga o que se passa verdadeiramente.