Por Catarina Rodrigues


O Parlamento da Juventude irá reunir de manhã e a Assembleia Municipal à tarde

Atrair os jovens para a política municipal é um dos principais objectivos da criação do Parlamento da Juventude. A proposta foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo covilhanense, realizada a 7 de Fevereiro. No Parlamento da Juventude terão assento os melhores alunos de 12 escolas do concelho, incluindo a Universidade da Beira Interior e ainda jovens com actividade laboral designados por cada Assembleia das 31 Freguesias do concelho. Ao todo serão 43 jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos, com mandato por dois anos. Segundo o presidente da Câmara, os elementos do Parlamento da Juventude vão tomar posse a 20 de Outubro, Dia da Cidade.
O Parlamento da Juventude vai reunir na manhã do dia das sessões da Assembleia Municipal com a mesma ordem de trabalhos. Carlos Abreu, presidente da Assembleia Municipal presidirá também o Parlamento da Juventude. O primeiro e segundo secretário serão cargos ocupados por jovens eleitos.
O presidente da Câmara da Covilhã, autor da ideia, garante que estará sempre presente nas reuniões. O autarca salienta que esta iniciativa "acentua o carácter de democratização e diminui o afastamento dos jovens do concelho da vida política".
Miguel Nascimento, vereador da oposição na autarquia covilhanense, votou a proposta favoravelmente. Considera tratar-se de uma "ideia válida" mas levanta algumas dúvidas quanto à sua implementação. A composição do Parlamento da Juventude pelos melhores alunos não agrada totalmente ao vereador socialista. "Muitas vezes os melhores alunos estão pouco interessados na discussão política", sublinha ". Nascimento considera que se o objectivo da ideia é "inteirar os jovens do sistema representativo, que é a base da democracia" não será correcto começar por um processo que não seja o de eleições. Segundo o vereador da oposição os estudantes que vão compor o Parlamento da Juventude devem ser eleitos nas respectivas escolas. A escolha das Assembleias de Freguesia de um representante local também é "discutível", para Miguel Nascimento.