Éder (ex-Benfica) tenta cruzar para a área covilhanense, perante a oposição de Edgar



Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(19-04-2003)




Árbitro: Paulo Costa
Auxiliares: Serafim Nogueira e João Santos



Sp. Covilhã- 0
Celso, Moisés, Marco Abreu (61), Pinheiro, Trindade, Hermes, Paquito, Edgar, João Carlos, Jorge Humberto Ankyofna, Rui Morais, Nini e André Cunha (70).
Treinador: João Cavaleiro


E. Amadora- 0
Veiga, Rui Neves, Flamarion, Juba, Semedo (45), Fonseca, Tiago Lemos, Lázaro (57), Prokopenko, Crsitovão (81), Dennis, Pedro Simões, Evando e Éder.
Treinador: João Alves


Ao Intervalo: 0-0


Disciplina: cartão amarelo a Juba (40), Trindade (88) e Cristovão (90).


Figura do Jogo: Hermes
Foi o único a dar dores de cabeça aos amadorenses. Batalhador, segurou muito bem a bola, rematou à baliza e nunca virou a cara à luta. Abriu espaços para os companheiros e teve até o condão de ajudar a defender quando a equipa precisava. Acabou o jogo esgotado, a fechar o lado esquerdo na defesa serrana. Notável.

Estrela da Amadora empata na Covilhã
Muita parra, pouca uva

O Sporting da Covilhã impôs no sábado, 19, um empate ao candidato à subida Estrela da Amadora. O jogo foi agradável, as duas equipas tiveram muitas oportunidades de marcar, mas golos, nem vê-los.


Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi


O Sporting da Covilhã e Estrela da Amadora proporcionaram um bom espectáculo de futebol, que pecou apenas pelo facto de não registar golos. É que as oportunidades até foram muitas, mas os artilheiros mostraram pouca pontaria na hora da verdade. Ou seja, houve muita parra, mas uva, nenhuma.
Os serranos entraram no jogo a dominar. Logo aos quatro minutos, à entrada da àrea, Nini atira forte, causando a primeira sensação de golo, mas a bola viria a passar ao lado da baliza de Veiga. Nove minutos mais tarde, a resposta estrelista, com Tiago Lemos, à entrada da área covilhanense, a rematar muito forte por cima da baliza de Celso. Os primeiros vinte minutos de jogo era intensos, rápidos e de respostas contínuas, embora os serranos dominassem o jogo. Aos 18 minutos, um óptima jogada entre Nini e Hermes abre oportunidade de golo a Paquito, que já dentro da àrea amadorense, atira forte, mas ao lado. Dois minutos mais tarde, após livre de Moisés, o mesmo Paquito falha, à boca da baliza, um desvio a uma cabeçada de Hermes. Por centímetros. Depois, vieram 20 minutos de monotonia, com muita disputa de bola a meio-campo e só aos 40 minutos é que. após tabela com Hermes, Paquito viria a ter novo oportunidade de golo, mas Veiga opôs-se muito bem. Um minuto depois, a bola entra mesmo na baliza amadorense, num remate à meia-volta de Hermes, dentro da área. Mas o golo foi (bem) anulado, uma vez que o jogador serrano tinha dominado a bola com o braço. O Estrela, porém, não se assustou e na resposta, uma jogada de entendimento entre Éder e Rui Neves, leva um cruzamento cerrado para a área covilhanense, mas Edgar, mais lesto, corta para canto. Na sequência, Fonseca, de cabeça, atira por cima da baliza serrana.

Semedo entra, Covilhã encolhe-se

A segunda parte seria um pouco diferente. João Alves, treinador do Estrela, mexia no seu xadrez e metia o internacional esperança Semedo, um jogador muito rápido e habilidoso, que obrigou a defesa serrana a maiores atenções. Mas o Covilhã, aos dois minutos, poderia ter marcado, não fosse o facto de Veiga ter feito a defesa da tarde, a remate de cabeça de Edgar, após um canto. Aos 56 minutos, o Estrela fazia a sua jogada mais vistosa, com uma tabela entre Semedo e Evando, com este último a rematar forte para uma defesa segura de Celso. Aos 63 minutos, quase sem querer, o Estrela iam marcando. Nm livre descaído sobre a esquerda, Pedro Simões atira em arco e Celso desvia a bola para a trave. A melhor oportunidade dos amadorenses, que nesta altura jà dominavam o encontro, alojando-se no meio-campo covilhanense. Os serranos tinham dificuldade em chegar à àrea contrária e Cavaleiro mexe na equipa, tirando Moisés e fazendo entrar Marco Abreu. Porém, a mudança surtia poucos efeitos e os amadorenses continuavam a carregar sobre um Covilhã que já defendia o precioso ponto. Mas, aos 73 minutos, os serranos viriam a ter a mais flagrante oportunidade de golo do jogo. Marco Abreu marca um livre, sobre a direita, a bola cai na área, cria-se uma pequena confusão e a bola aparece junto de Edgar, que sozinho, perto da pequena àrea, atira de primeira, sem preparação, à figura de Veiga. A partir daí, poucos mais oportunidades de golo houve e o Covilhã segurou bem o nulo. João Cavaleiro, ainda na tentativa de ganhar o encontro, trocava Paquito pelo central João Carlos, ordenando-lhe que jogasse a ponta de lança. Mas o tempo já não era muito e defender era a palavra de ordem.
No final do encontro, as opiniões eram quase unânimes. Os dois técnicos consideravam o empate justo, embora João Alves salientasse que o Estrela até poderia ter ganho. Porém, sempre reconheceu que o "Covilhã é uma equipa muito difícil no seu campo" e até achou que o empate foi positivo, já que assim, os amadorenses ficam isolados no terceiro lugar da tabela, o último a dar acesso à I Liga.